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Centro Cultural e de Congressos aposta em programação com forte ligação às comunidades envolventes

O 1º Encontro e Mostra de Cinema Português e as comemorações dos 150 anos da criação do Zé Povinho e dos 500 anos da morte da rainha D. Leonor são algumas das principais novidades na programação da temporada de 2025 do Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha.

“Uma programação assente em projetos artísticos locais, nacionais e internacionais”, salientou Mário Branquinho, diretor do CCC, numa apresentação à imprensa, na passada segunda-feira.

“Aposta no acolhimento de vários espetáculos de variadas áreas culturais, onde se incluem coproduções, não esquecendo o apoio à criação, projetos de serviço educativo, mediação de públicos e três festivais”, adiantou.

Em relação à primeira edição do “Intervalos – Encontro e Mostra de Cinema Português das Caldas da Rainha”, que irá decorrer de 10 a 13 de abril, será divulgada em breve a sua programação. “Públicos e agentes culturais são chamados para ver e discutir o melhor que se faz no cinema português”, explicou o diretor do CCC.

Também em relação às comemorações relativas à figura do Zé Povinho, criada por Rafael Bordalo Pinheiro, e à morte da rainha D. Leonor, os programas serão apresentados posteriormente.

Na programação musical para 2025, destacam-se em fevereiro os concertos de El Twanguero, vencedor de um Grammy Latino, no dia 1, e dos portugueses Fingertips, no dia 22.

Em março, o grande auditório do CCC irá receber a ópera “O Elixir do Amor”, do Teatro Nacional de São Carlos e da Orquestra Sinfónica (dia 1), o espetáculo comemorativo do 16 de Março de 1974, pela Orquestra Ligeira Monte Olivett com Cláudia Pascoal (dia 15) e o concerto de Miguel Araújo (dia 27). Destaque ainda para o recital de piano com Patrícia Costa a 28 de março.

Nos meses seguintes, a programação inclui dois concertos da Orquestra Metropolitana de Lisboa (18 de abril e a 10 de maio), o concerto da Lisbon Film Orquestra de tributo aos Beatles (24 de maio) e Ana Bacalhau, num concerto evocativo do 25 de abril (dia 24).

A 14 de junho será apresentado o espetáculo “Fado À La Carte” com FF, Tiago Machado e composição do caldense Jorge Mangorrinha.

Em relação às artes perfomativas, Mário Branquinho destacou os espetáculos “Furo Lento” de Rui Paixão, que cruza teatro e novo circo (7 de fevereiro) e a peça para toda a família “O Urso Que Não Era”, de Márcia Leite (8 fevereiro).

Segue-se, a 12 de abril, a peça “Telhados de Vidro”, de Dave Hare, do Teatro da Trindade Inatel, com encenação de Marco Medeiros com Benedita Pereira, Diogo Infante e Tomás Taborda.

“A Noite”, uma peça baseada no texto de José Saramago e encenada por Paulo Sousa Costa, que é uma homenagem aos 50 anos do 25 de Abril, sobe ao palco a 3 de maio. “Fedra (não é de pedra)” será apresentada a 8 de maio, pela Nova Companhia e Martim Pedroso. A peça resulta de uma residência artística que culminará na apresentação ao público e vários espetáculos do Teatro da Rainha. A companhia de teatro profissional caldense continuará a realizar várias apresentações e atividades no CCC.

Quanto a espetáculos humorísticos, o grande auditório recebe, a 16 de fevereiro, Carlos Coutinho Vilhena, com o seu espetáculo “Snob”. A 8 de março, Salvador Martinha, vai apresentar Aura Super Jovem.

 

Três festivais no CCC

 

O CCC volta a acolher, em conjunto com outros espaços da cidade, o Season Impulso, organizado pela Pulsonar Associação. A edição deste ano contará com 10 datas ao longo do ano, que se reproduzem em mais de 25 espetáculos “de artistas emergentes, novos talentos e músicos nacionais e internacionais já consagrados”.

Em conjunto com o município, o CCC vai continuar a apostar na realização do Festival Internacional de Piano do Oeste. “Destaca-se o concerto com uma orquestra, integrando um solista internacional a 10 de julho, um recital com um pianista japonês a 28 de junho e os três concertos comentados, que decorrerão no Centro de Artes, no âmbito do CCC Fora de Portas”, adiantou o responsável.

Quanto ao festival Dias do Jazz, as suas sessões dividem-se por um warm up em setembro, três concertos em outubro e dois concertos em novembro.

“O objetivo de levar o jazz à cidade só se atinge verdadeiramente com atividades que excedem a estrutura física do CCC e, por isso, o jazz irá também a escolas de várias freguesias que compõem o município, e a outras instituições, como o Estabelecimento Prisional e o Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor”, referiu Mário Branquinho. Estas atividades desenvolvem-se em colaboração com o Conservatório de Música das Caldas da Rainha. A ideia é a de envolver ainda mais espaços da cidade.

O CCC Fora de Porta Verão será a aposta para o mês de julho, com “uma programação multidisciplinar irá invadir o espaço público”. O programa contará com concertos, cinema ao ar livre, dixie bands teatro e novo circo.

Mário Branquinho destacou ainda que o plano do Serviço Educativo e de Mediação de Públicos do CCC continuará “a sua ação no sentido de sensibilizar, formar e fidelizar públicos, desenvolvendo o seu sentido crítico, estético e criativo, bem como promover o encontro entre as artes e os diversos públicos”.

Como tal, há espaço para “espetáculos dirigidos a bebés, crianças e famílias, mas também para a dinamização de residências artísticas, oficinas criativas e formação”.

Em 2025, o CCC pretende reforçar o seu apoio às apresentações das escolas de dança da cidade. O centro cultural vai também acolher um projeto da Escola Superior de Dança, que resulta de uma parceria que envolve também a Escola Vocacional de Dança.

Neste domínio artístico, haverá ainda a apresentação do espetáculo “Hashtag#Free “do Quorum Dance Company, a 25 de outubro.

A galeria do CCC receberá cinco exposições ao longo do ano, onde se apresentam várias correntes artísticas contemporâneas.

“A Febre Continua”, de Tiago Baptista, estará patente de 1 de fevereiro a 30 de março e marca o início de uma relação entre o CCC e a Galeria Zé dos Bois (ZDB). Ao longo do ano estão ainda agendadas exposições evocativas dos 500 anos da morte da Rainha, do Salão Bordallo, dos alunos finalistas da ESAD.CR e de Bartolomeu Gusmão.

 

100 mil visitantes e espetadores em 2024

 

Mário Branquinho pretende alcançar em 2025, pelo menos, o mesmo número de visitantes e espetadores do que no ano passado. O número inclui os participantes em congressos realizados no CCC, mas a grande maioria foram espetadores nas várias atividades promovidas no centro cultural.

Vai continuar a recorrer a várias entidades, públicas e privadas, para fazer a mediação de públicos e trazer mais pessoas aos espetáculos.

Para o diretor do CCC, o apoio direto de mais de 300 mil euros da Câmara para a atividade desta infraestrutura é suficiente (de acordo com o que foi definido pelo executivo, o valor sobe 2,5% ao ano). A autarquia disponibiliza ainda uma verba anual de cerca de 55 mil euros para a manutenção do edifício e mais 50 mil euros para a programação do “Caldas Anima”.

Questionado sobre o facto dessa verba anual ser quase a mesma da que é gasta em eventos de alguns dias, como o Foz Beats, Mário Branquinho escusou-se a fazer uma comparação. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou.

No entender do responsável, o modelo de gestão do CCC é o melhor, pelo envolvimento de várias entidades, e pela forma como se consegue fazer um equilíbrio entre o financiamento público e a angariação de outras receitas.

Da parte das receitas, sublinha-se o aluguer de espaços para eventos (como congressos nacionais e internacionais) e o valor conseguido com a venda de bilhetes.

Os espetáculos mais comerciais, que habitualmente esgotam, não representam um risco, uma vez que não há lugar a pagamento por parte do CCC. Pelo contrário, o centro cultural recebe 20% do valor da receita da bilheteira. Esta prática já era seguida pela direção anterior e Mário Branquinho considera que não condiciona as escolhas ao nível da programação, uma vez que, afirma, “mantemos o nível de qualidade”.

Em 2024, o CCC viu recusada a sua candidatura de apoio à programação, no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP). Em causa estava uma verba de 200 mil euros anuais, durante quatro anos da vigência do apoio.

Mário Branquinho assume a responsabilidade pelo “chumbo”, uma vez que foi o autor da candidatura, mas salienta que mais de 80% do que estava previsto acabou por ser realizado, mesmo sem o apoio da Direcção-Geral das Artes. Só deixaram de ser feitos projetos que eram mais caros. Por outro lado, este ano será apresentada uma nova candidatura.

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