O campeão nacional, atleta do Clube de Ténis das Caldas da Rainha, ganhou a 5.ª edição deste torneio da categoria M25, de quase 29 mil euros em prémios monetários. Em 2023 tinha sido a vez de Francisco Rocha e em 2024 Jaime Faria.
Numa final alucinante e espetacular, Frederico Silva, o 2.º cabeça de série, derrotou o austríaco Sandro Kopp, o 7.º jogador da prova, por 4-6, 6-1 e 7-6 (14/12), ao cabo de mais uma maratona de três horas e 24 minutos.
O público que encheu as bancadas (mais de 300 espetadores), delirou com um duelo concluído pelo caldense na sua quarta bola de jogo, depois de ter estado na situação de possível derrotado por seis vezes.
“No final, foi um encontro muito mental, de ir buscar a confiança, de acreditar em cada ponto de que poderia cair para o meu lado. Acho que fiz um ótimo trabalho nesse aspeto, de limpar a cabeça para estar pronto no ponto seguinte. Foram muitos ‘match-points’ salvos, numa final [esta foi a sua 41.ª] nunca salvei tantos. Poderia ter caído para qualquer um dos lados”, admitiu o antigo top-200, atual 288.º no ranking do ATP Tour.
O jogador, de 29 anos, que treina no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, agradeceu à treinadora Neuza Silva e ao fisioterapeuta Rodrigo Palma, que o acompanharam.
Foi o terceiro encontro do internacional português da Taça Davis em três sets, depois de perder a primeira partida, e em todos mostrou-se fisicamente mais forte do que os adversários no final dos encontros. Um aspeto importante para um jogador que no passado foi tão minado por lesões, mas que há mais de um ano tem podido treinar a cem por cento.
Um aspeto que procurará retificar no segundo torneio em Vila Real de Santo, dentro de dias. António. “Gostava de ter conseguido entrar melhor nos encontros. Nos últimos três não entrei muito bem, depois fui subindo com o desenrolar dos jogos, mas é uma coisa que quero melhorar”, manifestou.
Frederico Silva, que integrou recentemente a seleção nacional que derrotou o Mónaco em Monte Carlo, numa eliminatória da Taça Davis, tinha conquistado o seu último título noutro M25, em Vale do Lobo, em novembro.
Valoriza o número de 20 títulos, mas também relativiza-o, pois as suas ambições são maiores. “Tenho a noção de que se estivesse a jogar challengers os números não seriam esses. O meu objetivo é passar para a frente e não estar muito mais tempo a somar títulos destes”., declarou. Embolsou 4.150 euros de prémio e somou 25 pontos para o ranking do ATP Tour.
O 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António contou para o ranking mundial do ATP Tour, e foi organizado pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António.
