Não tendo uma relação familiar, sendo apenas conhecidos, houve uma primeira abordagem há muitos anos e a vítima cedeu, e depois disso, foi sempre ficando vulnerável à pressão, fruto da envergadura física do suspeito e da sua ligação ao crime.
Com antecedentes criminais pela prática de tráfico de estupefacientes, roubos, ameaças e ofensas à integridade física, foi averiguado pela Esquadra de Investigação Criminal de Caldas da Rainha da PSP logo que a extorsão foi comunicada.
O Comando Distrital de Leiria da PSP transmitiu que se tratou de uma “investigação relâmpago priorizada face à gravidade do ilícito em apreço, da conduta do suspeito, e atendendo à enorme fragilidade psicológica e carência económica a que a vítima era sujeita e mantida”.
Foi montado um dispositivo policial que discretamente vigiou e acompanhou o suspeito a deslocar-se com o lesado a uma caixa automática localizada numa grande superfície comercial, ficando na posse de 400 euros em notas que a vítima lhe entregou.
O procedimento era habitual, com vista a obter regularmente elevadas quantias monetárias que, pela análise aos movimentos bancários, ascenderão a mais de 35 mil euros ao longo de dez anos.
Apanhado em flagrante delito na passada quarta-feira, o suspeito foi presente à autoridade judiciária, em Leiria, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de apresentações diárias na Esquadra da PSP de Caldas da Rainha e proibição de contactos com a vítima.
A população ao saber deste caso já criticou a ligeireza da medida, considerando que a justiça, nesta fase, foi muito suave na coação, perante um valor tão elevado da extorsão, a fragilidade da vítima e os antecedentes criminais do arguido.