Dos desfiles fizeram parte também três bandas filarmónicas (Banda Comércio e Indústria, Alvorninha e A-dos-Francos), o grupo de bombos Monte Olivett e os grupos de dança 3D, Traquinas, Pop Style e Mid Size de São Gregório.
Nos corsos estiveram representadas associações do Campo, de Chãos, do Coto, do Guisado, da Ramalhosa, de Vila Nova, de Alvorninha, do Nadadouro, do Landal, do Peso e de Santo Onofre, mas também a associação Amigos e Moradores do Bairro Azul, o Arneirense (com três carros) e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo das Caldas da Rainha.
A cervejaria “O Litro” participou também com um carro alegórico alusivo às matrafonas das Caldas.
Entre os figurantes estava até um americano, casado com uma caldense, que quis passar pela experiência de fazer parte de um desfile de Carnaval português. Integrado no carro alegórico do grupo de dança Super Flash (Arneirense), Braxton Massengale esteve sempre muito entusiasmado.
“Nos Estados Unidos não temos realmente este tipo de celebrações, exceto em alguns locais, por isso, juntar-me ao desfile em Caldas da Rainha foi completamente novo para mim”, contou ao JORNAL DAS CALDAS.
“Como a minha esposa é da cidade, queria que o meu filho visse as tradições com que ela cresceu e decidimos juntarmo-nos ao Arneirense”, adiantou.
Braxton Massengale teve apenas uma semana para aprender coreografia de dança do grupo. “Acabei por carregar o meu filho nos ombros, o que foi perfeito, pois disfarçava a minha falta de habilidade de dança”, brincou.
“Adorei ver todos os carros alegóricos feitos por clubes e associações locais. O cuidado e o esforço dedicados à sua preparação e as fantasias destacaram-se. É este tipo de tradições que confere charme a Caldas da Rainha e é ótimo saber que o meu filho também pode crescer experienciando-as”, concluiu.
A chuva ameaçou por diversas vezes a realização dos desfiles, mas só na terça-feira, e já mesmo no final do corso, é que acabou por “abençoar” todos os figurantes e o público, que ainda assim resistiram para ver como tudo terminou.
“Fomos abençoados desde o primeiro momento. No sábado à noite tínhamos combinado que se estivesse a chover às 20h30 não haveria desfile. Às 20h29 estava a chover, mas às 20h30 já não estava e por isso arrancámos”, contou o presidente da Câmara, Vitor Marques.
O edil caldense elogiou o empenho na qualidade dos carros alegóricos. Este ano houve um acompanhamento no seu desenvolvimento por parte de José Ramalho, que para além de ator e diretor técnico do CCC, é figurinista.
Foi também José Ramalho, vestido de Rafael Bordalo Pinheiro, quem acompanhou um grupo de mascarados da Universidade Sénior Rainha D. Leonor aos estúdios da SIC, em Lisboa. A estação televisiva fez igualmente alguns diretos a partir do corso das Caldas, no carro do programa “Domingão”.
Este ano a Câmara das Caldas optou por voltar a ter um rei e rainha, abandonando a experiência anterior de serem o Zé Povinho e a Maria Paciência a reinarem no Carnaval das Caldas.
Tal como era tradicional nos desfiles portugueses, tanto o rei como a rainha eram homens. “Escolhemos dois elementos de um grupo de matrafonas”, explicou Vitor Marques.
Outro elemento masculino bem presente em vários carros alegóricos foi o falo das Caldas. O que mais se destacava era o já tradicional falo automatizado de Joaquim Martins.
Há cerca de 12 anos que Joaquim Martins leva as suas engenhocas, que desenvolve enquanto curioso, para os desfiles de Carnaval das Caldas. Começou por ser um esqueleto, depois um aranhiço com oito pés e, mais recente, passou a surpreender com um falo gigante que tem vários movimentos controlados remotamente. Eram muitas as gargalhadas quanto este subia e descia, expelia água e andava.