A cerimónia de entrega dos prémios decorreu na livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa, no dia 22 de abril.
Com nove edições publicadas, “A Cicatriz” foi o livro mais vendido da Penguin Random House em Portugal durante o último ano, consagrando Maria Francisca Gama como a autora sensação de 2024. Naturalmente, a jovem escritora não esquece as suas raízes em Caldas da Rainha, terra natal da sua mãe e onde vivem ainda os seus avós, e que visita frequentemente.
Em declarações ao Jornal das Caldas, Maria Francisca Gama disse que quando soube que tinha sido nomeada tanto pelos leitores como pelos livreiros, ficou “muito contente, porque o livro estava nomeado ao lado de autores que admiro muito e obras que gostei muito de ler no ano passado”. “Senti uma grande honra, porque este prémio é atribuído pelos leitores”, afirmou.
A jovem escritora destacou também a diversidade do seu público que leu “A Cicatriz”. “É um livro que tem chegado a leitores diversos. Recebo mensagens de pessoas mais novas do que eu, com 19 ou vinte e poucos anos, e também dos avós dessas pessoas que leram o livro”, adiantou.
“Saber que há quem queira ler o que escrevo é uma grande alegria e um privilégio num país onde, infelizmente, não se lê tanto como deveria”, salientou.
Maria Francisca Gama explicou ainda que existe um segundo prémio, o Livro do Ano Prémios Bertrand, atribuído por um júri, cujo resultado será anunciado a 5 de junho, também em Lisboa.
Em abril do ano passado Maria Francisca Gama esteve no La Vie Shopping Center nas Caldas da Rainha, onde apresentou “A Cicatriz”. O evento foi promovido pelo Jornal das Caldas, La Vie Shopping Center, Livraria Bertrand das Caldas da Rainha e Ordem do Trevo.
Foi entretanto anunciado o lançamento do seu novo romance, “Filha da Louca”, que chegará às livrarias em junho. Conta a história de uma família marcada por relações difíceis: um pai e marido que não soube ser melhor, uma filha que se esforça por corresponder às expectativas e uma mãe que, aos olhos de todos, era considerada louca. “É uma história sobre o que é ser família, sobre como este é um organismo tão complexo e como, tantas vezes, não sabemos o que se passa dentro das casas das outras pessoas. A perceção que temos dos outros e os rótulos que lhes atribuímos, como chamar louca a alguém são, muitas vezes, fruto da nossa própria ignorância”, contou.