O GDA e o ACM acabaram com os mesmos pontos, mas a diferença de golos verificada na última jornada, a 17 de maio, fez a equipa do sul do distrito descer para segundo lugar, questionando por isso o resultado alcançado pela equipa marinhense, que ganhou fora frente à União Desportiva da Batalha por números inusitados.
A perplexidade do Atouguiense é ainda maior quando a equipa da Batalha estava em quarto lugar (acabou por descer para sexto), com a quinta melhor defesa da prova, com uma média de 1,4 golos sofridos por jornada e o maior número de golos sofridos numa partida foi quatro e apenas uma vez. Na primeira volta tinha ganho fora ao Marinhense por 2-1.
O Atouguiense chegou à última jornada com uma vantagem de quatro golos na diferença de golos marcados e sofridos, e venceu por 3-0 o Leiria e Marrazes B, só que a goleada expressiva do Marinhense deu a esta equipa a vantagem de seis golos, garantindo-lhe o apuramento para a segunda divisão nacional.
Em comunicado, o GDA referiu que o resultado do Marinhense “levanta sérias preocupações quanto à observância da ética desportiva”, garantindo que o clube “tomará todas as providências necessárias junto da AFL no sentido de apurar com rigor as circunstâncias e incidências ocorridas neste encontro”.
Lembrando que a AFL promove todas as épocas a formação “Joga Limpo e Direito Humanos”, uma iniciativa que visa reforçar os princípios da verdade desportiva e combater práticas como a viciação de resultados, o clube sublinhou que “o mérito é conquistado dentro de campo”.
O ACM respondeu, também em comunicado, para “repudiar de forma veemente as insinuações e acusações”.
“O resultado obtido pela nossa equipa Sub 17 foi fruto do empenho, qualidade e dedicação dos nossos atletas, equipa técnica e estrutura de formação. Acreditamos no desporto com verdade e integridade, e rejeitamos categoricamente qualquer tentativa de associar o nome do ACM a práticas ilegais ou comportamentos anti desportivos, que não têm lugar no futebol”, sustentou.
“Repudiamos igualmente, com total firmeza, a tentativa de alguns agentes desportivos em criar um caso que pura e simplesmente não existe. O que está em curso é uma tentativa de linchamento público, baseada numa narrativa sem qualquer fundamento, com o único propósito de desvalorizar a conquista legítima da nossa equipa de Sub 17”, manifestou o ACM.
O clube advertiu que “não aceitaremos que se coloque em causa a nossa reputação com base em suposições fantasiosas ou frustrações alheias ao que se passa dentro das quatro linhas”.
“Confiamos nas entidades competentes para salvaguardar a verdade desportiva e apelamos ao respeito entre instituições, atletas e adeptos”, concluiu.
Até ao momento a AFL não emitiu nenhum comunicado sobre o caso.
Neste campeonato jogou também o Caldas Sport Clube, que terminou em sétimo lugar, entre catorze equipas.
