“Uma das minhas missões, enquanto presidente da Câmara Municipal, é fazer de Óbidos um território onde impera a felicidade”. Foi desta forma que Filipe Daniel falou de um dos seus grandes objetivos para o concelho, na abertura do I Simpósio do Município de Óbidos, ‘A Saúde Mental que futuro?’, que se realizou no passado dia 4 e que encheu por completo o Auditório Municipal da Casa da Música.
O autarca, que fez parte da mesa de honra deste Simpósio, afirmou que a sociedade “tem que se reinventar e tem que se reunir para lidar com este problema” da saúde mental, mas, para tal, tem que “o conhecer e que o diagnosticar”.
No que diz respeito a Óbidos, Filipe Daniel destacou o trabalho que está a ser feito do ponto de vista político, nomeadamente com o programa Óbidos +Ativo, “com todas as atividades a ele associadas, envolvendo grande parte da população”.
Margarida Reis, vereadora com os pelouros da Saúde e Bem-Estar, destacou o programa Óbidos +Ativo como um instrumento que ajuda a população obidense a ter uma melhor saúde mental. “Temos psicólogos nas escolas, temos uma psicóloga que dá consultas gratuitas para os munícipes e para as famílias, inaugurámos há dias mais uma valência do Espaço F(elicidade), com a sala Incluir pela Arte, e temos trabalhado os afetos com a nossa população”, disse a autarca.
Sérgio Viana, da Ordem dos Psicólogos, elogiou a organização deste Simpósio, organizado pelo serviço de Psicologia do Município. “Óbidos tem particularidades que admiro e, ao mesmo tempo, tem políticas de promoção de saúde e de bem estar”, disse, acrescentando que “em Portugal, pensamos muito pouco na prevenção”. O psicólogo sublinhou a importância dos cuidados de saúde primários, uma vez que “é neste contexto que podemos identificar os primeiros sinais de alerta de alguém em sofrimento e prevenir, inclusivamente com a referenciação para profissionais de saúde mental, situações delicadas com consequências mais graves”.
João Gomes, administrador do Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, garantiu que, neste momento, “a saúde mental é um tema quente” devido, por exemplo, à Covid-19, às crises financeiras e à guerra. “Quando olhamos para os números da doença mental, só podemos pensar em trabalhar em conjunto”, disse o responsável.