O evento organizado pela Alliance Française das Caldas da Rainha que celebra a língua e a cultura francesas, a Festa da Francofonia, decorreu nas Caldas da Rainha de 20 a 25 de março, com várias atividades ligadas à música, gastronomia, cinema, serigrafia e arte.
A Alliance Française das Caldas esteve fechada durante três anos e a nova diretora desde janeiro deste ano, Lisette Pereira, revela a “importância cada vez maior do domínio do francês em áreas diversificadas” e conhece o “valor desta instituição na ligação à comunidade francesa do Oeste que tem crescido no último ano”.
Lisette Pereira nasceu em França e trabalha na Alliance Française das Caldas desde 2017 como professora. Encara este novo desafio com “muito empenho e dedicação” e quer que esta instituição, que tem cerca de 50 anos, “volte a ser uma referência não só no ensino da língua francesa, mas numa abertura à comunidade local e francesa”.
A Festa da Francofonia em Caldas da Rainha contou com o habitual almoço temático, dedicado à gastronomia francesa, na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), que decorreu no dia 23 de março.
Este almoço foi preparado pelos alunos do 1º ano da turma de Técnicas de Cozinha e Pastelaria, e servido pelos alunos também do 1º ano de Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas, e coordenado pelos chefs João Santos e Tiago Costa e ainda pela chef de sala, Marisa Rosa.
O almoço temático contou com elementos da comunidade francesa que vivem atualmente na região.
Na receção aos participantes foi servido um cocktail. A entrada foi vol-au-vent aux fruits de mer acompanhado por vin rosé de Provence. Coq-au-vin foi o prato principal e para a sobremesa foi servida uma tarte tatin acompanhada por digestivos como Cognac e Grand Marnier.

Presentes no almoço estiveram os parceiros da Alliance Française nesta iniciativa. A EHTO, Escola Superior de Artes e Design, Conservatório de Caldas da Rainha e, pela primeira vez, a Biblioteca Municipal. Todos foram unânimes em ressaltar a importância de celebrar a diversidade das culturas e, neste caso, a riqueza da língua francesa.
Daniel Pinto, diretor da EHTO, declarou que para os alunos é um desafio trabalhar a cultura e gastronomia de França. O responsável partilhou que tem como ambição que “a EHTO consiga criar uma orquestra musical com sons dos utensílios, louça e objetos que dão suporte à hotelaria e turismo”. Sara Pedreira, diretora pedagógica do Conservatório, disse que o desafio de Daniel Pinto é possível porque durante o confinamento da pandemia um dos professores com vários acessórios de cozinha produziu um ritmo que originou um vídeo que está no YouTube.
Depois do almoço, Pedro Júlio, antigo aluno da EHTO, dinamizou um ateliê de pastelaria, onde ensinou a fazer um dos doces mais populares da pastelaria francesa – “chouquette”, bolo feito com massa choux e polvilhado com açúcar.

