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O mercado imobiliário continua a viver oportunidades de negócio

“O imobiliário continua a viver dias de dinamismo com boas oportunidades de negócio, mas também de incerteza”. Quem o diz é o consultor Pedro da Silva, responsável pela Imobiliária Predimed Rainha, que abriu em maio de 2022 na cidade das Caldas da Rainha.

“Oeste regista aumento do preço médio por metro quadrado das casas”, revela este responsável, referindo que o contexto que se vive no país e também na região é “marcado pela alta inflação”. “A pandemia, como a guerra da Ucrânia e Rússia, fizeram com que houvesse quebra nos materiais de construção, aumento do preço dos combustíveis e consequente aumento de todas as matérias-primas, como é o caso do ferro, entre outros”, contou, acrescentando que “a falta de produtos associada a um custo de produção mais elevado leva sempre a um aumento de preços para o consumidor final”.

“O preço dos imóveis novos aumentou por esse mesmo motivo e consequentemente fez com que o dos usados fosse atrás”, adiantou.

Segundo Pedro da Silva, a mediação imobiliária tem dado boa resposta às crises, acreditando que a resiliência do setor vai manter-se. Aponta que “o mercado continua a fluir e a comercializarem-se imóveis”. “A nossa região continua a ter procura, não só por quem muda de Lisboa para poder viver com mais qualidade e a um preço mais acessível, apesar de os preços também terem sofrido um aumento nos últimos tempos, como pelos estrangeiros, que continuam a querer mudar para um país mais tranquilo e barato”, disse, revelando que a última tendência “tem sido o mercado americano”.

Quanto aos preços das casas no Oeste, o consultor declarou que “depende sempre de muitos factores, como o ano de construção, materiais e qualidade de construção, localização, entre outros”. “É muito difícil dizer, sem uma análise detalhada e um estudo de mercado pormenorizado, o que justifica o valor da colocação de um imóvel no mercado, mas neste momento temos T2 usados desde 100 mil euros e novos na casa dos 260 mil euros”, revelou.

“Os apartamentos T3 também se encontram alguns a partir dos 120 mil euros a precisarem de obras e em zonas menos procuradas e depois temos renovados a 250 mil euros, sendo que a construção nova já anda acima dos 300 mil euros”, adiantou. 

O consultor imobiliário considera que “existe procura” e que têm surgido “mais imóveis, com construção nova”. “Poderá não existir de acordo com a procura de todos, e eventualmente muitas pessoas ao procurar terão de alterar a sua lista de desejos e optar por uma opção diferente da que inicialmente tinham na ideia”, referiu.

A inflação disparou, as taxas de juro subiram e o poder de compra das famílias e de poupança caíram. “Por outro lado, os impostos que se pagam, bem como todos os custos de manutenção dos imóveis também não ajudam, até porque muitos dos proprietários que têm inquilinos também têm crédito bancário e sabemos que nos últimos tempos tem vindo a subir e a causar muitos transtornos em muitas famílias”, contou.

Questionado se é uma boa altura para comprar casa, Pedro da Silva respondeu que “depende do investimento que se quer fazer”. “Se for para recorrer a crédito sabemos que já vivemos melhores dias, se for com capitais próprios e para arrendamento com a procura existente, certamente que se trata de um bom investimento”, revelou, acrescentando que convém, “contudo, fazer-se sempre bem as contas e analisar os encargos”.

No entanto, alegou que investimentos imobiliários são “sempre bons se bem aplicados”.

Quanto ao pacote Mais Habitação do Governo, manifestou que não é algo que tenha “aprofundado” até porque não lhe parece que seja a solução ideal e que “não irá colmatar o problema existente na habitação”. Admitiu que poderá “ajudar em certa parte” e que outras alternativas existirão.  

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