Foi criada a 1 de janeiro uma nova entidade – a Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO) – que agrega o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), com os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte e Oeste Sul.
O CHO e os ACES, com estas integrações, passam a denominar-se ULSO, mas nem todos os estabelecimentos públicos de saúde dos concelhos que serviam constam da nova estrutura.
No caso do ACES Oeste Norte, fazem parte da ULSO os Centros de Saúde do Bombarral, Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche, com exceção dos Centros de Saúde de Alcobaça e da Nazaré, que passam a integrar a ULS da Região de Leiria com o Centro Hospitalar de Leiria, o ACES do Pinhal Litoral e o Centro de Saúde de Ourém.
No que diz respeito ao ACES Oeste Sul, juntam-se os Centros de Saúde do Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, com exceção do Centro de Saúde de Mafra, que integra a ULS de Santa Maria, composto pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte e pelo ACES Lisboa Norte.
Os hospitais do CHO em Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, integram a ULSO. A população residente da área geográfica de influência da ULSO será de 235.231 habitantes, distribuídos por aproximadamente 1.348 km2.
A ULSO terá sede no atual edifício administrativo do CHO, junto ao hospital, na Rua Diário de Notícias, nas Caldas da Rainha.
Segundo o conselho de administração do CHO, prevê-se que com a criação da ULSO exista uma “maior integração de cuidados, maior capacidade de resposta e apoio à população”, tendo como reflexos “ganhos em saúde para toda a população da região Oeste”.
A reestruturação das entidades públicas empresariais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), adotando o modelo de organização e funcionamento em unidades locais de saúde, é uma mudança considerada essencial pela direção executiva do SNS e pelo Governo para melhorar o acesso aos cuidados de saúde.
“As ULS integram numa mesma entidade os cuidados prestados pelos centros de saúde e pelos hospitais. Cada ULS concentra a organização dos recursos humanos, financeiros e materiais, facilitando o acesso das pessoas e a sua circulação, em função das necessidades, entre os centros de saúde e os hospitais”, sublinhou o Governo, indicando que o SNS passará a dispor de 39 ULS.
No decorrer dos últimos meses, o conselho de administração do CHO em conjunto com a direção executiva do ACES Oeste Sul e a direção executiva do ACES Oeste Norte, trabalharam no processo de desenvolvimento da ULSO, com o objetivo de garantir que exista uma estrutura apta a receber a nova organização.
“O processo de transição para a nova entidade não implica constrangimentos na prestação de cuidados, nem exige, por parte dos utentes, alterações no relacionamento com as várias instituições que irão integrar esta nova entidade”, assegurou a administração do CHO, cuja presidente, Elsa Baião, foi convidada para liderar a ULSO.