Diz que aceitou estar presente e que não foi “por acaso” ser a sua primeira sessão pública, porque mostra a importância que o ambiente tem para o novo Governo e sinaliza a importância de criar uma maior consciencialização ambiental na população.
Além das políticas públicas e cumprimento de ações coletivas considera que é “precisamente a partir dos comportamentos que cada um que podemos melhorar a sobrevivência desta causa comum”.
Emídio Sousa, que foi presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, falou da sua experiência anterior como autarca na defesa do ambiente. “Iniciei a atividade na despoluição de linhas de água, abastecimento de água e certa altura também na educação ambiental, portanto, isto é voltar a um processo que conhecia há 30 anos”, contou.
Revelou que o seu sítio preferido é um “pequeno rio perto da minha casa onde nós conseguimos construir um passadiço de cerca de oito quilómetros”. “Ali o rio esteve morto com esgotos e hoje tem trutas, que é o melhor sinal da qualidade da água”, relatou.
O secretário de Estado aproveitou para destacar o trabalho das “organizações não governamentais” nesta área.
Nas jornadas, que foram organizadas pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), em parceria com o Município de Caldas da Rainha, estiveram presentes mais de 200 pessoas de todo o país.
“Promover a partilha de conhecimento, atualizar práticas e divulgar trabalhos de investigação no campo da educação ambiental em Portugal e internacionalmente”, foi, segundo a ASPEA, o objetivo da iniciativa.
O vice-presidente da Câmara das Caldas, Joaquim Beato, apelou aos participantes “a desfrutar do concelho nomeadamente do Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D. Leonor, onde se consegue respirar ar puro e recarregar energias”.
Já o diretor do CCC, Mário Branquinho, que também foi orador da sessão de abertura, disse que “pessoalmente este é um momento simbólico ao acolher no centro cultural estas jornadas, num ano em que também se assinala a 30ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, de que fui fundador e diretor”.
Partilhou também a satisfação pelo conjunto de práticas ambientais “introduzidas no funcionamento do CCC e por outro, pela realização de diversas manifestações artísticas introduzidas na programação, ao encontro dos públicos”.
“Uma linha a que associamos sempre a ideia de educação ambiental através das várias áreas artísticas, e do nosso serviço educativo, em nosso entender, cada vez mais importantes e decisivas na capacitação dos jovens e crianças e desenvolvimento do respetivo pensamento crítico”, salientou.
“Damos muito relevo à educação pela arte, neste caso, com foco na temática ambiental”, adiantou.
A abertura oficial do evento contou ainda com a participação do presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental, Joaquim Ramos Pinto, do vice-presidente do conselho Diretivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, José Alho, do diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente, Francisco Teixeira, o delegado Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Pedro Florêncio, e de uma representa da Direção-Geral da Educação, Sílvia Castro.
A sessão contou com um momento artístico pela Escola de Dança das Caldas da Rainha.
Para realizar estas jornadas, a ASPEA e a autarquia contaram ainda com o apoio do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, da Associação de Defesa do Paul de Tornada), da Quercus, da Liga para a Protecção da Natureza e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.