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Novo modelo das festas do Sitio já está em estudo

As Festas do Sítio, que decorreram de 4 a 8 de setembro, no Parque Atlântico, podem regressar a um local mais próximo ao Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, retomando um modelo mais idêntico ao praticado há décadas, altura em que as festividades (pagãs) decorreriam nas imediações do local de culto. O Presidente da Câmara, […]

As Festas do Sítio, que decorreram de 4 a 8 de setembro, no Parque Atlântico, podem regressar a um local mais próximo ao Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, retomando um modelo mais idêntico ao praticado há décadas, altura em que as festividades (pagãs) decorreriam nas imediações do local de culto.

O Presidente da Câmara, Manuel Sequeira, explicou, sobre o modelo de 2024 [coorganização da Câmara com uma Comissão de Festas] “que ainda não foi desta, com a fórmula que pensámos, muito por conta de propostas aqui apresentadas, de dar às associações a responsabilidade organizativa deste evento, que se conseguiu apresentar um modelo satisfatório ao nível das visitas e comercial”, acrescentando que já deu início “ao que será a força matriz daquelas festas, chamando-as mais para o Sítio”.

O autarca adiantou, na reunião de Câmara realizada na sexta-feira, dia 13 de setembro, que aconteceu uma primeira reunião de trabalho com o Presidente da Mesa da Confraria de N.S Nazaré sobre o tema, e que é intenção da Autarquia “dar resposta ao principal problema das festas, a sua a localização”.

“As pessoas e comerciantes sentem isso [a falta de centralidade]. Há propostas pensadas e que poderão ter eficácia no próximo ano. Vamos verificar”, informou o autarca, acrescentando que o tema [e o balanço do evento] poderá vir a ser retomado numa próxima reunião de Câmara ou sessão da Assembleia Municipal.

Bruno Pereira [ACISN], da Comissão Organizadora, pela ACISN – entidade responsável pela negociação e contratação de artistas, iluminação, comerciantes, tendas, palco, necessidades técnicas e logísticas, bem como patrocinadores do evento, presente na reunião para prestar informação sobre o evento de 2024, explicou que o cartaz, proposto a 18 de janeiro, foi fechado no início de junho, a 3 meses das festas.

O responsável explicou que o progressivo desinteresse pelas festas, do público e comerciantes, “pode ter levantado dificuldades” ao sucesso do evento, informando, ainda, que a “iluminação não foi feita porque não existia verba”, mas que, apesar das circunstâncias, houve um aumento de presenças comerciais no recinto.

“Trouxemos mais 22 stands em comparação com o ano anterior, cozinhas e tenda pagas por patrocínios; e novas marcas ao evento”, rejeitando a ideia de “falta de organização ou planeamento. Houve dificuldade nos patrocínios ao evento, em parte pela quebra que tem vindo a ser registada na procura destas Festas”, disse.

Do lado dos vereadores eleitos para a oposição, Paulo Reis, pelo PSD, disse estar perante uma organização que “mais parece um evento género telenovela venezuelana”, apontando ao executivo (PS) uma atitude de “sacudir responsabilidade” sobre a solução das festas 2024.

João Paulo Delgado, vereador eleito pela CDU, falou em “falta de rigor e de capacidade organizativa de eventos”.

“A Câmara havia estabelecido um protocolo com várias entidades locais para organizar o evento, assumindo várias responsabilidades, incluindo a transferência de 98.400 euros para a Associação Comercial Industrial e de Serviços da Nazaré (ACISN) para cobrir despesas diretas relacionadas com o evento, ao que sabemos apenas para pagamentos aos artistas dos concertos musicais. No entanto, surgiu um problema, porque os patrocínios esperados pela ACISN ficaram muito aquém do necessário, o que obriga a Câmara a assumir custos adicionais não previstos inicialmente. Para cobrir essas despesas “imprevistas”, foi necessária esta alteração orçamental, onde 57.000 euros foram retirados da rubrica destinada à limpeza urbana para a rubrica destinada aos serviços relacionados com as Festas do Sítio”.

Para a CDU, o despacho [despacho para colocação de verba para as Festas do Sítio 2024 ] enviado à reunião de Câmara, evidencia a “falta de um planeamento atempado e com visão verdadeiramente aglutinadora, suportada por financeiro robusto dos intervenientes que se tem obrigatoriamente que promover, pode comprometer a percepção pública da gestão municipal e minar a confiança nas futuras edições do evento”.

Fonte:CMN

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