Um jovem de 23 anos que assaltou em janeiro do ano passado um salão de cabeleireiro próximo de uma escola, na cidade das Caldas da Rainha, foi condenado no dia 30 de setembro, pelo Tribunal de Leiria, a uma pena de prisão de cinco anos, suspensa por igual período.
Fica sujeito a regime de prova, assente num plano de reinserção social, executado com vigilância e apoio dos serviços de reinserção social. O tribunal suspendeu a execução da pena de prisão por concluir que a simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma suficiente as finalidades da punição, mas a pena só será declarada extinta se, decorrido o período da sua suspensão, não houver motivos que possam conduzir à revogação, isto é, na condição de não voltar a cometer um crime da mesma natureza.
O indivíduo, que foi condenado por dois crimes de roubo, um de detenção de arma proibida e três de condução sem carta, tinha recentemente enviado uma carta a pedir desculpa às funcionárias do salão de cabeleireiro, a quem entregou três mil euros para reparação dos prejuízos.
Na tarde de 11 de janeiro de 2023, com um capuz na cabeça e com luvas, entrou no salão e usou uma pistola de fulminantes para ameaçar e coagir a equipa do estabelecimento e as clientes. Segundo o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária, que o viria a deter a 1 de março desse ano em Silves, no Algarve, o jovem, desempregado e residente em Rio Maior, tinha sujeitado quem estava no interior do espaço a uma “violenta ação psicológica”.
Chegou mesmo a agredir funcionárias com a coronha da arma, fugindo com cerca de 200 euros e alguns objetos.
O assalto foi gravado pelo sistema de videovigilância e após diligências de investigação da Judiciária de Leiria, que contou com a colaboração da PJ de Portimão e da GNR de Rio Maior, foi detido.
Foram recolhidas provas consideradas “relevantes” e apreendidas diversas armas proibidas, nomeadamente uma espingarda caçadeira modificada, um sabre e uma flecha, que estavam na bagageira do carro que conduzia sem ter carta.
Depois do primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Leiria foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva pelo perigo de continuação da atividade criminosa e risco de fuga. Contudo, a 13 de agosto conseguiu evadir-se do Estabelecimento Prisional de Leiria, em circunstâncias não reveladas. Acabou por ser detido dias depois e foi enviado para uma cadeia com fortes medidas de segurança. Ali permaneceu até agora ser julgado.