A PSP deteve na tarde de 5 de novembro o suspeito de ter invadido a Câmara Municipal de Torres Vedras munido de uma arma branca e ferido quatro pessoas e depois, num estabelecimento no concelho de Peniche, também causado desacatos.
O que fez o indivíduo causar distúrbios em dois concelhos, em localidades a 50 quilómetros de distância, está por perceber. A explicação para a relação entre os dois casos poderá ser dada em tribunal, onde o indivíduo, com cerca de 50 anos, vai ser presente nesta quarta-feira, para primeiro interrogatório judicial.
O homem, residente em Torres Vedras, foi detido nas imediações da casa dos pais.
No dia 28 de outubro, após as 13 horas, dirigiu-se ao primeiro piso do edifício de multisserviços da Câmara Municipal de Torres Vedras, alegadamente com o intuito de pedir satisfações por questões laborais relacionadas com um familiar.
Com uma arma branca que pode ser uma ferramenta agrícola com lâmina, feriu quatro funcionários da Câmara, que tiveram de ser assistidos no hospital devido a hematomas. Tiveram alta horas depois.
Após o incidente, já na presença da PSP, todos os trabalhadores foram retirados do edifício e os serviços estiveram fechados durante uma hora.
O suspeito acabaria por aparecer pelas 18 horas nos Casais do Baleal, entre Ferrel e Baleal, no concelho de Peniche, onde nesta altura existem muitos estrangeiros ligados ao surf.
Desorientado, no supermercado/café Lagide Amanhecer, provocou distúrbios. Com a arma branca que transportava na mão terá tentado agredir uma pessoa na esplanada, que se esquivou e não ficou ferida. Fugiu depois num carro estacionado nas imediações, não deixando de proferir ameaças a funcionários e clientes, ao mesmo tempo que alguém gritava para chamarem as autoridades policiais, num momento gravado em vídeo. A GNR esteve no local mas já não o detetou.
Os moradores questionam-se o que o levou àquela localidade, uma vez que não o reconhecem dali.