Um homem de 50 anos morreu na sequência do despiste da mota que conduzia, em Vidais, nas Caldas da Rainha. O corpo foi encontrado na manhã desta quinta-feira num pomar perto da estrada onde circulava.
O homem, de nacionalidade estrangeira, circulava de mota na EN114, tendo na sequência do despiste sido projetado para um pomar entre Vidais e Mosteiros, depois de ter passado por caniços. A violência do embate é comprovada pela destruição de duas pereiras.
Dois caçadores que atravessavam o terreno agrícola depararam-se com o motociclista caído no chão e a mota a alguns metros de distância. Alertaram a Junta de Freguesia de Vidais, que por sua vez comunicou aos bombeiros das Caldas da Rainha, cerca das dez da manhã desta quinta-feira.
Quando os meios de socorro chegaram ao local aperceberam-se do estado de rigidez cadavérica do corpo, o que indiciava que já ali estaria há diversas horas.
Os bombeiros nada puderam fazer e a médica da equipa da viatura médica de emergência e reanimação das Caldas da Rainha apenas confirmou o óbito do homem, de 50 anos.
O Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR recolheu elementos para apurar as causas do acidente. O corpo foi levado numa ambulância dos bombeiros de Óbidos para o Gabinete Médico Legal em Torres Vedras para a realização da autópsia.
O acidente levou uma vez mais a Junta de Freguesia de Vidais a apelar ao reforço da segurança na EN114, como tem feito regularmente nas assembleias municipais e junto da Infraestruturas de Portugal, fazendo notar que a via há vários anos padece de problemas crónicos que tardam em ser resolvidos.
O presidente da Junta, Rui Henriques, sublinha que a via, que atravessa toda a freguesia, apresenta “um péssimo estado de conservação do piso, a ceifa das bermas é feita com pouca regularidade, falta de rails de proteção em locais de risco, há má sinalização vertical e horizontal, somando à ausência de várias linhas guias da estrada, o que torna a cada dia que passa este itinerário, um dos com maior fluxo entre os concelhos de Rio Maior, Caldas da Rainha e Óbidos, um verdadeiro perigo para os automobilistas, motociclistas, peões e moradores dos lugares da nossa freguesia”.
“Temos mandado diversos mails a comunicar as queixas constantes que temos recebido, para as Infraestruturas de Portugal,e continuaremos de forma bastante ativa a fazê-lo, afim que seja realmente feito uma intervenção de fundo,para que a segurança de todos seja prioridade”, indicou Rui Henriques.
“Aproveito para pedir uma prevenção ativa a todos os que frequentam esta estrada, quer a nível de condução e velocidade, para que dias como o de hoje, não surjam no horizonte próximo”, manifestou o autarca.