Esta mudança, segundo o diretor do agrupamento, José Santos, também se “deveu à pandemia de Covid-19, que nos obrigou a repensar o nosso sistema de ensino, impondo assim uma alteração rápida no sistema de ensino e nos processos de aprendizagem”. O novo processo de aprendizagem coloca assim o aluno no centro, sendo “eles próprios a construir esse processo, em que o professor é apenas um tutor para guiar esse desenvolvimento”, explicou José Santos, que há cerca de três anos, juntamente com a equipa da direção, tem vindo a mudar a visão em relação à escola, implementando assim novas dinâmicas, certificações de qualidade, uma autoavaliação efetiva e práticas de avaliação baseada na formação.
Além dessa “alteração forçada da aprendizagem”, o ensino à distância também promoveu a transição para o digital. “O ideal é que tenhamos uma escola com recursos para que se consiga essa transição digital, que permita ao aluno trabalhar e construir o seu próprio conhecimento”, destacou José Santos, adiantando que também estão a promover a “transição para o verde”.
Para o diretor do agrupamento, “a nossa escola vai utilizar mais recursos, mas vai ter que saber o que vai fazer com esses recursos, e por isso, o nosso projeto educativo vai estar fortemente centrado nestas duas vertentes, o digital e a sustentabilidade”.
No que diz respeito à “área verde”, o agrupamento tem vindo a implementar vários projetos como o “Eco escolas”, a biblioteca verde, onde se estimula o uso das plantas para criar espaços de aprendizagem e estar, a reutilização de recursos através de parcerias, as ciências experimentais, de modo a sensibilizar os alunos para o respeito pelo ambiente e diversidade, e ainda está a concorrer para obter o Selo Escola Saudável. No futuro irá receber fontes de financiamento inerentes ao digital para aproveitar a energia eólica e solar.
Relativamente ao digital, a escola tem encontra-se a modernizar todo o parque tecnológico do agrupamento, a melhorar a rede interna de internet das escolas, a criar as salas de aula do futuro, sendo laboratórios de aprendizagem, e ainda a “apostar fortemente nas bibliotecas tornando-as em centros de recursos”.
Igualmente apostou numa nova oferta formativa para o próximo ano letivo, em que os cursos profissionais disponíveis estão relacionados com a gestão de equipamentos informáticos, técnico de multimédia, e ainda cozinha e pastelaria, restauração e bar, para uma melhor adequação ao mercado de trabalho.