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Alunos da UAARE são “heróis” porque têm duas profissões

Os 29 atletas que frequentam este ano letivo a Unidade de Apoio ao Alto Rendimento (UAARE) da Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, foram considerados “heróis”, pois têm cerca de 25 horas de aula por semana, mas “treinam outras tantas ou às vezes mais”. O número de alunos neste programa tem vindo a crescer e neste momento acolhe cinco jovens atletas de badminton, seis do atletismo, seis de kempo, um de andebol, dois de hóquei em patins, um de ténis, um de para-badminton, um de badminton, um de dança desportiva, um de ginástica, um de voleibol, um de equitação, um de dressage e um de futebol.

Os 29 atletas que frequentam este ano letivo a Unidade de Apoio ao Alto Rendimento (UAARE) da Escola Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, foram considerados “heróis”, pois têm cerca de 25 horas de aula por semana, mas “treinam outras tantas ou às vezes mais”. O número de alunos neste programa tem vindo a crescer e neste momento acolhe cinco jovens atletas de badminton, seis do atletismo, seis de kempo, um de andebol, dois de hóquei em patins, um de ténis, um de para-badminton, um de badminton, um de dança desportiva, um de ginástica, um de voleibol, um de equitação, um de dressage e um de futebol.

O Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro realizou no passado 31 a cerimónia de lançamento do ano letivo 2022/2023 para os alunos da UAARE, que decorreu no auditório do estabelecimento de ensino.

Numa relação feliz entre a escola e o desporto, a UAARE é a “segunda família” de muitos alunos/atletas que procuram aliar o sucesso escolar ao alto rendimento no desporto.

 A professora acompanhante deste programa, Alexandra Sampaio, destacou o orgulho em ter 19 turmas de alunos/atletas que praticam 13 modalidades diferentes, do sétimo ao décimo segundo ano e que frequentam o ano regular e cursos profissionais. “Isto é um desafio muito grande porque nunca trabalhámos com tantas turmas”, salientou a docente, acrescentando que “toda a equipa conta para o grande sucesso deste projeto com a Sala de Estudo Aprender + (SEAM), sempre ligada a mim e ao conselho de turma”.

Referiu que têm alunos deslocalizados de vários pontos do país. Dois de Sintra, um de Esposende, um Peniche e dois da ilha da Madeira.

A professora deu o exemplo de alguns alunos das Caldas que têm que se deslocar para outras zonas todos os dias para treinar. É o caso de Carolina Monteiro, que joga este ano hóquei em patins no Sport Lisboa e Benfica, que vai “todos os dias para Lisboa treinar de autocarro e muitas vezes chega às Caldas à meia-noite e as aulas começam às 8h30”.

“É um processo complexo, com muitos intervenientes, atletas, professores, treinadores, pais, onde todos querem o sucesso dos alunos/atletas. Os docentes, por exemplo querem ‘empenho e boas notas’, os treinadores estão preocupados com o ‘treino e resultados’ e os pais ‘querem tudo, boas notas e com empenho desportivo’”, relatou Alexandra Sampaio. “Eles lutam todos os dias contra o tempo. São os nossos heróis!”, adiantou.  

O coordenador nacional das UAARE, Victor Pardal, também entende que estes alunos/atletas “são heróis” porque têm “duas profissões, e em média trabalham 5 horas diárias na escola e treinam outras tantas ou às vezes mais”.

“De facto, as UAARE só têm sucesso se houver um compromisso entre todos, em que cada um sabe o que tem a fazer, e é esse objetivo deste projeto”, adiantou.

Victor Pardal disse aos jovens que “têm que superar a escola e o desporto, porque este último é curto e a esmagadora maioria de vocês não vai viver dele”. 

O responsável revelou que a UAARE desta escola teve no passado ano letivo um sucesso escolar na ordem dos 95%. “Esta escola teve 27 atletas chamados à seleção nacional, três pódios europeus, 19 pódios mundiais e participaram em 24 provas internacionais, o que significou faltas e recuperação de matérias onde os docentes estiveram sempre disponíveis para ajudar e acabaram muita acima da média daqueles que são só alunos. Isto para nós é uma enorme felicidade”, apontou.

A vereadora responsável pelo pelouro da educação, Conceição Henriques, dirigiu-se aos alunos, revelando que “esta geração em que é dada a oportunidade de fazer desporto nestas condições está a participar numa revolução daquilo que é a estrutura do nosso país”.

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