Segundo as psicólogas do SPO, Susana Marcelino e Inês Borges, este ano contataram outras instituições de ensino superior, de acordo com o que lhes foi pedido pelos alunos da escola. O gabinete fez uma recolha desses interesses em todas as turmas do 12º ano e depois convidaram as instituições escolhidas. Mesmo as que não participaram no local, enviaram material de divulgação.
Este ano os institutos politécnicos apostaram também mais na divulgação dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), que dão uma outra opção de progressão dos estudos, sem ser uma licenciatura.
Para além das universidades, participaram ainda o Exército, a Academia Militar e a GNR, que também suscitaram muito interesse por parte dos jovens.
O evento “Josefa Co(n)Vida” tem como principal objetivo “impulsionar, orientar e estruturar o projeto vocacional dos alunos, sustentado pela importância da informação, do saber escolher e de uma análise cuidada das ofertas educativas e formativas disponíveis”.
Ao longo do dia as entidades participantes tiveram um contacto direto com os alunos, nos diferentes expositores colocados no átrio e corredores da escola, mas também em palestras de apresentação.
Desde o ano passado que o evento passou a realizar-se logo no início do ano, para que os alunos possam ser informados em relação aos “dias abertos” que as escolas de ensino superior vão promover.
Para as psicólogas, é importante promover uma ação como esta, não só para esclarecer dúvidas, mas também para que os mais “adormecidos” comecem a ponderar as suas possibilidades para o futuro. “Há alunos que estão no 12º ano e ainda não sabem o que vão fazer”, comentaram.
Como algumas instituições levam também alguns dos seus alunos universitários, as conversas tornam-se mais entusiasmantes para os que ainda estão a decidir. “Eles falam a mesma linguagem e assim os mais novos sentem-se mais à vontade para colocarem questões”, referiu Inês Borges.
A frequentar o 12º ano do curso de Ciências e Tecnologias, Caroline Pereira elogiou a escola por organizar este evento. Depois de consultar informação sobre os cursos que tinha pensado em seguir, acabou por descobrir o que poderá ser uma nova vocação. “Acabei por me fascinar com as instituições militares”, disse, e talvez venha a optar por uma carreira na GNR ou nas Forças Armadas.
Sara Carreto, a frequentar o 9º ano, também ficou muito entusiasmada com esta mostra, até porque ainda não sabia bem que curso escolher no 10º ano. Num contato com a oferta do Instituto Politécnico de Coimbra ficou interessada em vir a escolher a licenciatura de Fisioterapia, uma vez que foram explicadas que opções poderia tomar. “Aqui percebi que não preciso de escolher Físico-Química A, que era o meu medo, e que podia optar por Geometria Descritiva. Isso fez-me mudar de ideias e agora posso escolher melhor o meu futuro”, explicou.
