O objetivo é conduzir os visitantes a locais de Rio Maior emblemáticos pouco divulgados através do geocaching, um jogo global ao ar livre que envolve esconder recipientes à prova de água (geocaches) em locais de interesse (histórico, paisagístico, cultural, etc.) e compartilhar as coordenadas com outros geocachers.
Os geocachers usam um GPS ou um telemóvel com aplicação de geocaching para encontrar as coordenadas.
Para a atividade os alunos propuseram colocar as caches na Casa de D. Miguel, Villa Romana, Centro Alto de Rendimento, Parque 25 de abril e Arborismo em Rio Maior.
Foram apresentados sete projetos finalistas, cada um representando diferentes agrupamentos escolares da região, com propostas criativas para criar valor nos respetivos territórios.
O Agrupamento de Escolas D. João II, das Caldas da Rainha, apresentou o projeto “Cerâmica Saída da Casca”. Este projeto promove o reaproveitamento de resíduos alimentares – neste caso, cascas de ovo, matéria-prima para a criação de peças cerâmicas ecológicas, inspiradas nas obras de Rafael Bordalo Pinheiro.
O Agrupamento de Escolas de Cister, de Alcobaça, trouxe “Descobrir Alcobaça: Entre o Mosteiro e os Sabores da Tradição”. Criou um vídeo promocional – educativo e inspirador, uma APP turística (roteiro turístico com diversas operacionalidades) e exposições físicas e virtuais – acessíveis e inclusivas.
O Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto participou com “Tesouros e Gastronomia de São Martinho do Porto”. O projeto consiste na criação de uma página nas redes sociais para divulgar S. Martinho do Porto e ter Sushi temático ligado à localidade.
O Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, das Caldas da Rainha, apresentou “Olhar o Parque”. Consiste na elaboração de esculturas cerâmicas incrustadas em madeira, olhos de animais que contam histórias do Parque D. Carlos I, como promotores culturais e turísticos.
O Agrupamento de Escolas Raúl Proença, das Caldas da Rainha, desenvolveu “A Aventura na Lagoa (a pé, de bicicleta ou até de canoa)”. O objetivo é, com parcerias, proporcionar aos visitantes passeios de canoa, percursos pela natureza a pé ou de bicicleta e ainda refeições em restaurantes locais/típicos para degustação de produtos da Lagoa. Existe também a possibilidade de alojamento local.
O Instituto Educativo do Juncal, de Porto de Mós, apresentou a concurso o projeto “Trilhos Culturais – Muros com Vis(a)”, que propõe a criação de murais artísticos em muros de locais emblemáticos das freguesias da Cavalaria, Juncal e Pedreiras. A iniciativa pretende transformar estes espaços em pontos de interesse cultural e turístico, promovendo percursos de visita que aliem arte, sustentabilidade e valorização do património local. O projeto visa ainda destacar os produtos endógenos e reforçar a identidade das comunidades envolvidas.
A iniciativa foi coordenada pelas professoras Célia Antunes e Susana Esteves, da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), em articulação com as escolas do 3.º Ciclo, no âmbito da rede das Escolas do Turismo de Portugal. O evento teve como objetivo principal explorar o turismo como um verdadeiro território de aprendizagem.
Segundo Célia Antunes, “durante o ano letivo, os alunos foram desafiados a olhar para o seu território sob a lente do turismo, a identificar problemas e oportunidades, e a apresentar soluções inovadoras que fossem sustentáveis, valorizando e preservando o património e as tradições locais”.
O diretor da EHTO, Daniel Pinto, que abriu a sessão, destacou a importância da iniciativa, sublinhando que permite às escolas apresentar projetos com potencial real, que, com o apoio de parceiros, podem sair do papel e concretizar-se, em vez de ficarem esquecidos na gaveta.
A vereadora Conceição Henriques encerrou a sessão, enaltecendo o trabalho criativo dos alunos, com especial destaque para a componente de sustentabilidade. Sublinhou ainda que esta preocupação ambiental é uma herança valiosa, que importa preservar através de atividades amigas do ambiente.
O júri da Final Regional foi composto por Daniel Pinto, Mário Branquinho, diretor do CCC, e Viriato Dias, do Turismo do Centro de Portugal, com responsabilidade pelo Apoio ao Investimento Turístico.
O projeto “GeoMarinhas”, ao vencer esta etapa regional, vai representar a região na Final Nacional, que terá lugar no dia 28 de maio, na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. Os prémios em disputa são 10.000 euros para o primeiro lugar, 5.000 euros para o segundo e 3.000 euros para o terceiro, estando também previstas menções honrosas, caso o júri assim o considere. Os prémios monetários serão aplicados na implementação dos projetos, incentivando a inovação nas escolas e o desenvolvimento sustentável das regiões envolvidas.
A apresentação do evento esteve a cargo dos alunos Entiandro e Bia, do curso de Gestão de Turismo da EHTO, com o apoio logístico dos seus colegas de turma.
O evento começou com um momento musical protagonizado por Lívia Reis, aluna do curso de Gestão e Produção de Cozinha, que interpretou o tema “O Bilhete e o Trovão”, do grupo Os Arrais. Enquanto se aguardavam os resultados do júri, todos os presentes se uniram para cantar a emblemática canção “We Are the World”, lançada em 1985 como símbolo de solidariedade global no combate à fome em África. A escolha desta música refletiu o espírito de união, compromisso social e capacidade transformadora que norteiam o projeto GERAt.