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Alunos do 3.º ciclo em competição de projetos de turismo

Decorreu no passado dia 20, no Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha (CCC), a Final Regional do projeto GERAt 2024/2025, com o mote “Território, Talento e Turismo”, destinada ao 3.º Ciclo do Ensino Básico. O projeto “GeoMarinhas”, apresentado pelo Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal, foi o grande vencedor desta edição, destacando-se pela sua abordagem inovadora e sustentável.

O objetivo é conduzir os visitantes a locais de Rio Maior emblemáticos pouco divulgados através do geocaching, um jogo global ao ar livre que envolve esconder recipientes à prova de água (geocaches) em locais de interesse (histórico, paisagístico, cultural, etc.) e compartilhar as coordenadas com outros geocachers.

Os geocachers usam um GPS ou um telemóvel com aplicação de geocaching para encontrar as coordenadas.

Para a atividade os alunos propuseram colocar as caches na Casa de D. Miguel, Villa Romana, Centro Alto de Rendimento, Parque 25 de abril e Arborismo em Rio Maior.

Foram apresentados sete projetos finalistas, cada um representando diferentes agrupamentos escolares da região, com propostas criativas para criar valor nos respetivos territórios.

O Agrupamento de Escolas D. João II, das Caldas da Rainha, apresentou o projeto “Cerâmica Saída da Casca”. Este projeto promove o reaproveitamento de resíduos alimentares – neste caso, cascas de ovo, matéria-prima para a criação de peças cerâmicas ecológicas, inspiradas nas obras de Rafael Bordalo Pinheiro.

O Agrupamento de Escolas de Cister, de Alcobaça, trouxe “Descobrir Alcobaça: Entre o Mosteiro e os Sabores da Tradição”. Criou um vídeo promocional – educativo e inspirador, uma APP turística (roteiro turístico com diversas operacionalidades) e exposições físicas e virtuais – acessíveis e inclusivas.

O Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto participou com “Tesouros e Gastronomia de São Martinho do Porto”. O projeto consiste na criação de uma página nas redes sociais para divulgar S. Martinho do Porto e ter Sushi temático ligado à localidade.

O Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro, das Caldas da Rainha, apresentou “Olhar o Parque”. Consiste na elaboração de esculturas cerâmicas incrustadas em madeira, olhos de animais que contam histórias do Parque D. Carlos I, como promotores culturais e turísticos.

O Agrupamento de Escolas Raúl Proença, das Caldas da Rainha, desenvolveu “A Aventura na Lagoa (a pé, de bicicleta ou até de canoa)”. O objetivo é, com parcerias, proporcionar aos visitantes passeios de canoa, percursos pela natureza a pé ou de bicicleta e ainda refeições em restaurantes locais/típicos para degustação de produtos da Lagoa. Existe também a possibilidade de alojamento local.

O Instituto Educativo do Juncal, de Porto de Mós, apresentou a concurso o projeto “Trilhos Culturais – Muros com Vis(a)”, que propõe a criação de murais artísticos em muros de locais emblemáticos das freguesias da Cavalaria, Juncal e Pedreiras. A iniciativa pretende transformar estes espaços em pontos de interesse cultural e turístico, promovendo percursos de visita que aliem arte, sustentabilidade e valorização do património local. O projeto visa ainda destacar os produtos endógenos e reforçar a identidade das comunidades envolvidas.

A iniciativa foi coordenada pelas professoras Célia Antunes e Susana Esteves, da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), em articulação com as escolas do 3.º Ciclo, no âmbito da rede das Escolas do Turismo de Portugal. O evento teve como objetivo principal explorar o turismo como um verdadeiro território de aprendizagem.

Segundo Célia Antunes, “durante o ano letivo, os alunos foram desafiados a olhar para o seu território sob a lente do turismo, a identificar problemas e oportunidades, e a apresentar soluções inovadoras que fossem sustentáveis, valorizando e preservando o património e as tradições locais”.

O diretor da EHTO, Daniel Pinto, que abriu a sessão, destacou a importância da iniciativa, sublinhando que permite às escolas apresentar projetos com potencial real, que, com o apoio de parceiros, podem sair do papel e concretizar-se, em vez de ficarem esquecidos na gaveta.

A vereadora Conceição Henriques encerrou a sessão, enaltecendo o trabalho criativo dos alunos, com especial destaque para a componente de sustentabilidade. Sublinhou ainda que esta preocupação ambiental é uma herança valiosa, que importa preservar através de atividades amigas do ambiente.

O júri da Final Regional foi composto por Daniel Pinto, Mário Branquinho, diretor do CCC, e Viriato Dias, do Turismo do Centro de Portugal, com responsabilidade pelo Apoio ao Investimento Turístico.

O projeto “GeoMarinhas”, ao vencer esta etapa regional, vai representar a região na Final Nacional, que terá lugar no dia 28 de maio, na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. Os prémios em disputa são 10.000 euros para o primeiro lugar, 5.000 euros para o segundo e 3.000 euros para o terceiro, estando também previstas menções honrosas, caso o júri assim o considere. Os prémios monetários serão aplicados na implementação dos projetos, incentivando a inovação nas escolas e o desenvolvimento sustentável das regiões envolvidas.

A apresentação do evento esteve a cargo dos alunos Entiandro e Bia, do curso de Gestão de Turismo da EHTO, com o apoio logístico dos seus colegas de turma.

O evento começou com um momento musical protagonizado por Lívia Reis, aluna do curso de Gestão e Produção de Cozinha, que interpretou o tema “O Bilhete e o Trovão”, do grupo Os Arrais. Enquanto se aguardavam os resultados do júri, todos os presentes se uniram para cantar a emblemática canção “We Are the World”, lançada em 1985 como símbolo de solidariedade global no combate à fome em África. A escolha desta música refletiu o espírito de união, compromisso social e capacidade transformadora que norteiam o projeto GERAt.

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Filipa Miguel tem 15 anos e frequenta o 9.º ano numa escola do concelho das Caldas. Considera-se uma boa aluna, não excelente, mas razoável, com notas entre o 4 e o 5. Desde pequena que se sente atraída pelo mundo das artes e reconhece-se como uma jovem criativa. Gosta de desenhar, de criar roupa, de imaginar. No entanto, quando pensa no futuro, não faz ideia do que quer ser. Está indecisa, sem rumo certo. Apesar da afinidade com as artes, não se vê a seguir essa via profissionalmente. Já ponderou seguir Psicologia ou até ser veterinária. Agora, hesita entre os cursos de Ciências e Tecnologias e Economia.