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Colheita em Vila Verde de Matos

“Apanha da fruta é uma oportunidade de trabalho”

Com cerca de 13 anos de experiência na produção de Pera Rocha e maçã, Rafael Tavares é um grande conhecedor da fruta e tem propriedades com 12 hectares de pereiras e cerca de 1 hectare de macieiras. O JORNAL DAS CALDAS visitou o pomar em Vila Verde de Matos, freguesia de A-dos-Francos, no concelho das Caldas da Rainha, onde cerca de 30 trabalhadores apanhavam Maçã Reineta.

Colheita em Vila Verde de Matos

Rafael Tavares “acabou a colheita da Pera Rocha e está a terminar a apanha da maçã Reineta num terreno que tem árvores com cerca de 30 anos”. “Brevemente é para converter e ainda não sei se vou plantar macieiras ou pereiras, depende do controlo das doenças e pragas da pereira”, contou, acrescentando que é “mais fácil trabalhar com pera porque tem menos desperdício”.

O empresário refere que este ano foi mais fácil arranjar pessoas para a apanha da fruta. “No início da colheita não tive dificuldades em arranjar trabalhadores, mas depois alguns faltaram e com a onda de calor, houve algumas desistências”, contou.

“A fruta tem de ser colhida num curto espaço de tempo e, se não tivermos cuidado, podemos colocar a colheita em risco”, reconheceu o empresário, revelando que a apanha da fruta é oportunidade de trabalho para “muitas pessoas que querem obter um rendimento extra”.

Este ano pagou aos trabalhadores na campanha entre os 35 a 50 euros por dia.

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Apanha de Maçã Reineta
 

 Rafael Tavares revela que houve em geral uma grande quebra na produção da Pera Rocha acima da anterior. “Sei que alguns produtores registaram uma quebra de 50% no meu caso devido aos dias quentes tenho uma diminuição de 20%, deixando a minha produção um pouco aquém da anterior”.

Quanto à maçã revela que as elevadas temperaturas provocaram “queimaduras em alguns frutos mais expostos ao sol”, explicou.

O responsável pela empresa familiar de exploração agrícola, salientou as dificuldades devido ao custo de produção que “dobrou”. “Adubos, os combustíveis é um desafio para os produtores continuarem a produzir. O trabalho da agricultura não é valorizado pelo Governo, mas somos a base da alimentação das pessoas”, reconhece.

O produtor lamenta a falta de “consideração pelos produtos nacionais” e explica que “é preciso lutar contra a maré e ser resilientes, e que o mercado depende da oferta e da procura”.

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Pomar em Vila Verde de Matos

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