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As novas tendências de trabalho híbrido que vieram para ficar

Num cenário pós-pandemia, colocam-se muitas questões sobre o futuro da vida laboral. Afinal, como será o dia a dia de um trabalhador nos próximos tempos?

 Reuniões online e brainstorming presencial uma vez por semana? Manhãs num espaço de cowork em Lisboa e tardes passadas em casa, a brincar com as crianças? Enviar relatórios a 1200km de distância, diretamente de uma praia paradisíaca?

Fique a conhecer algumas das tendências relacionadas com o trabalho híbrido que se têm verificado no mercado de trabalho e que, certamente, são uma previsão das alterações que estamos (e vamos continuar) a testemunhar.

Os desafios do trabalho remoto

A transição para os modelos de trabalho online, no início de 2020, não trouxe apenas benefícios para os colaboradores. Na realidade, registaram-se algumas tendências preocupantes, principalmente relacionadas com a sobrecarga laboral e a chamada “exaustão digital”.

Segundo dados da Microsoft, as pessoas têm trabalhado mais desde 2020, com um aumento de 13% (cerca de 46 minutos) no tempo de trabalho, um crescimento de 28% no trabalho após horário laboral e um aumento de 14% no trabalho ao fim de semana.

Para além disso, tem-se verificado um aumento de 252% no tempo passado em reunião por semana, com um aumento de 153% no número de reuniões semanais e um crescimento de 32% no envio de mensagens por semana (dados relativos aos utilizadores do Microsoft Teams).

Os trabalhadores remotos revelam ainda uma maior dificuldade em manter boas relações na empresa, o que tem um impacto negativo direto no bem-estar, na produtividade e no compromisso com a organização.

Porquê o trabalho híbrido?

A solução poderá passar por procurar novas estratégias para reduzir o tempo online, diminuir as distrações, limitando reuniões, e-mails e mensagens ao essencial, e considerar a adoção de modelos de trabalho híbridos sustentáveis, onde existe um maior controlo do horário laboral e um equilíbrio entre a saúde e a produtividade.

Tudo indica que muitos destes fatores estão presentes nos regimes de trabalho híbrido, que combinam a flexibilidade do modelo remoto com a inclusão cultural do modelo presencial.

Esta junção é importante porque a pandemia alterou a forma como as pessoas pensam e priorizam as várias áreas da sua vida, obrigando as empresas a adaptarem-se. A saúde, o bem-estar, a família e a vida pessoal ganharam terreno à atividade laboral, que aproximadamente metade dos inquiridos pela Microsoft afirmam ter colocado em segundo plano.

Por estes e por outros motivos, é urgente fazer uma revisão dos modelos de trabalho atuais e delinear planos que permitam conciliar as necessidades e potencial dos trabalhadores com os objetivos e o sucesso das empresas.

No foco da questão, deve estar o bem-estar dos trabalhadores. Afinal, as empresas são constituídas por pessoas, e garantir as condições para o seu melhor desempenho é investir diretamente no sucesso da empresa.

Tendências do trabalho híbrido

O modelo de trabalho do futuro prevê-se global e flexível, com trabalhadores e empresas que funcionam apesar da distância e dos horários. Aliando os benefícios do regime remoto às vantagens do regime presencial, o modelo híbrido oferece a flexibilidade necessária para adaptar as regras a cada indivíduo de forma única.

A transição para um modelo de trabalho híbrido deve, no entanto, ser estudada e planeada detalhadamente, por modo a ajustar-se da melhor forma às necessidades e ao potencial da empresa e dos seus trabalhadores.

De acordo com a publicação “Future of Work Series: Reimagining Workforce and Workplace Mechanisms – Where will work be done?”, da ManpowerGroup Talent Solutions e do EverestGroup, a avaliação e o planeamento são cruciais para desenhar estratégias de trabalho híbrido eficazes. Os especialistas defendem ser necessário distinguir as funções adequadas ao trabalho remoto, definir o modelo de trabalho e os benefícios que se espera ganhar com ele, antecipar riscos e criar estratégias de apoio que permitam gerir esses riscos.

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