A empresa caldense Transwhite (serviço de transporte) enviou dois camiões completamente recheados de ajuda humanitária para a Ucrânia.
O primeiro, solicitado pelos Bombeiros Voluntários de Óbidos, foi enviado no início de março com bens alimentares de longa duração, produtos de higiene, medicamentos, materiais de primeiros socorros, roupa e alimentação para bebés e crianças.
O segundo veículo de transporte de cargas pesadas foi pedido pela SIC Esperança e a Fundação Benfica, que se uniram numa campanha nacional de angariação de bens de primeira necessidade. Este camião chegou a 18 de março à Polónia.
Os camiões que levaram ajuda às vítimas da guerra foram ambos conduzidos por um casal de ucranianos que residem na região e trabalham na Transwhite.
A administradora da empresa, Manuela Sábio, recordou que quando o responsável da Transwhite. José Mota, se ofereceu para levar a carga humanitária para a Ucrânia, “sem hesitação concordaram conduzir os camiões”.
Tocados, “como todos”, pelas imagens e notícias “dramáticas” vindas da Ucrânia, o casal decidiu fazer-se ao caminho. Nas estradas de Portugal para a Polónia viram muitos camiões com ajuda humanitária e quando chegaram à fronteira polaco-ucraniana ficaram “sensibilizados” com “mulheres com filhos em filas fugindo da guerra”.
Quando chegaram à Ucrânia, foram escoltados por militares até um local em Lviv, onde decorreu o descarregamento da ajuda humanitária, tendo aparecido muitas pessoas para ajudar.
“A guerra não dá tréguas, mas a solidariedade tem uma força imparável”, disse Manuela Sábio, que considera importante as empresas terem um papel de solidariedade com a comunidade pois “não podemos ficar alheios aos problemas da sociedade”.
Dificuldades com preço dos combustíveis
Quanto ao aumento dos preços dos combustíveis, a administradora da empresa caldense sublinhou que “teve um impacto relevante na nossa área e estes custos são cada vez mais difíceis de alocar nos preços dos nossos serviços ao cliente devido a toda a situação económica”.
A empresária revelou que colocam a maior parte do combustível em Espanha, que “também teve um aumento significativo, mas o estado espanhol teve uma maior iniciativa em tomar medidas para os transportadores na redução dos preços”.
Para Manuela Sábio, as medidas tomadas pelo governo português “parecem-nos muito complexas e insuficientes para os aumentos dos preços dos combustíveis existentes no país”, sustentando que as medidas deveriam ser “imediatas e acessíveis a todas as empresas, o que não está a acontecer”.
