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“Desembrulhar Sorrisos” distribui 163 brinquedos e 50 cabazes

A campanha de solidariedade “Desembrulhar Sorrisos” voltou a levar a magia do Natal a dezenas de famílias mais carenciadas. Devido à pandemia este ano voltou a não haver uma festa para as crianças, mas a Ordem do Trevo (OT) entregou no sábado, dia 18 de dezembro, presentes (brinquedos novos) a 163 crianças e 50 cabazes bem recheados às famílias que apoiam. 

A campanha de solidariedade “Desembrulhar Sorrisos” voltou a levar a magia do Natal a dezenas de famílias mais carenciadas. Devido à pandemia este ano voltou a não haver uma festa para as crianças, mas a Ordem do Trevo (OT) entregou no sábado, dia 18 de dezembro, presentes (brinquedos novos) a 163 crianças e 50 cabazes bem recheados às famílias que apoiam. 

São tempos difíceis devido à pandemia, que “levou a um acréscimo de famílias a pedir ajuda”, disse, José Viegas, presidente da OT em entrevista.

JORNAL DAS CALDAS: Qual o balanço do Desembrulhar Sorrisos?

José Viegas –  Este foi um grande Desembrulhar Sorrisos. Entregamos brinquedos a mais de 85 crianças indicadas pelo Agrupamento de Escolas Raul Proença da parte da manhã, sendo que de tarde entregamos os cabazes às famílias apoiadas pela OT e às crianças dessas famílias demos brinquedos todos novos.

Os cabazes estavam recheados com tudo o que se possa imaginar, incluindo bacalhau, frango, azeite, óleo, ovos, bolo rei, chocolates, leite, alimentos não perecíveis, fruta, entre outros. Cada criança levou dois a três brinquedos e espalharam magia com aqueles olhos repletos de felicidade.  São cerca de 50 famílias e mais de 78 crianças.

E tudo isto foi possível porque tivemos muitas ajudas, nomeadamente do Agrupamento de Escolas Raul Proença nosso parceiro nesta iniciativa e que envolvem os alunos e professores.

Agradecemos à Caixa de Crédito Agrícola, o balcão do BPI de Caldas da Rainha, o Caldas Sport Clube, o E.Leclerc, a JSD de Alvorninha, a Brave Generation School, O Farol, a Junta de Freguesia Ns Sra Pópulo, o Grupo Fábrica, a Phisioclem, a atrativa Moda XL, o Colégio Rainha D Leonor, o Trindade Seguros, o Pronto´s, o Crossfit Lusiadas e outros que nos estão ainda hoje a ligar dizendo que vão trazer alimentos. As Milky Angels e a associação Yayasan sang Pengasih, o Gabinete Rosa Barreto, a Nayr Lojas de Ganga, a Masilfrutas e muitos outros.

J.C.: Como foi o ano da Ordem do Trevo em termos gerais?

J.V. –  O ano foi difícil. Primeiro, porque tivemos um acréscimo de famílias e onde todas as semanas chegam mais. Numa pandemia nunca deixamos de estar em ação e apoiamos continuamente.

Uma associação de solidariedade depende sempre dos seus voluntários e disponibilidade e nem sempre é fácil juntar as pessoas sobretudo no contexto em que temos vivido, mas com mais ou menos dificuldade vamos fazendo acontecer.

Estamos agradecidos ao Município tanto nos anteriores órgãos como os atuais pela proximidade e preocupação. Temos um ótimo relacionamento com a área social da Câmara Municipal, que tem feito um trabalho fantástico e estão sempre disponíveis para nos ajudarem.

Temos voluntários jovens que vieram dar um refresh à OT, gente que gosta de ajudar e mais parceiros. A OT depende dos seus sócios que pagam 1 euro por mês, mas que nos faz muita diferença e que nos permite muitas das vezes comprar alimentos em falta e repor nas prateleiras.

Por isso faço um apelo para que mais pessoas se tornem sócios.

J:C: Considera que a Ordem do Trevo tem tido o reconhecimento devido?

J.V. -Nós não procuramos reconhecimento. Fazemos o trabalho que temos vindo a fazer, sem esperar nada.

Obviamente que sabe bem o reconhecimento, que a comunidade e as entidades nos dão.

Estamos nesta atividade há 10 anos já com uma vasta experiência. Já tivemos tempo de errar e emendar, também de melhorar e sabemos que vamos continuar a dar o nosso melhor. Faz parte do processo de crescimento de uma associação. Já temos milhares de Kms feitos, milhares de horas entregues e toneladas de alimentos oferecidos. Não esperamos medalhas nem agradecimentos. Para nós é essencial saber que o que fazemos é bem feito e que a dedicação e o cuidado que temos com as famílias e as crianças está a ter eficácia. Se o reconhecimento vier de um anónimo, de um parceiro ou associado ou de uma entidade é refrescante, pois muitas vezes são essas palavras esses gestos que nos dão força. Muita gente conhece a Ordem do Trevo porque ouviu falar, mas desconhece a realidade do que fazemos, como e de que forma. Convidamos a população a conhecer o nosso trabalho.

J.C: Pensa ter amanhã alguma atividade política ou social? no fundo já tem obra feita…

J.V. -: Eu estou na vida social desde sempre. A atividade política ou social é inerente a um cidadão atento e preocupado. Nunca fecho as portas a nada, mas não penso nisso. Tenho outras preocupações. Mas se estivermos atentos, diariamente fazemos política social. O importante é ter a capacidade de pensar, escutar os outros, estar atualizado e não entrar em “seguidismos militantes”. Também não estou preocupado em saber se agrado aos outros. Basta que a minha família, esposa, filhos e amigos sintam felicidade e orgulho. Não deixo de dizer o que sinto ou de pensar por mim. Já dei provas em várias áreas, como no desporto e na vida social.

Estou quase a fazer 60 anos e a minha preocupação está mais na área familiar, no meu crescimento interior e em fazer coisas que valam a pena. Estou sempre disponível para ajudar. O importante é poder contribuir para uma sociedade mais justa e equilibrada, ajudando a minimizar os impactos negativos que atingem muitas famílias e crianças. É juntar a comunidade, como agora fizemos com o Desembrulhar Sorrisos.

Criticar é fácil. Difícil é deitar mãos à obra e fazer coisas úteis, com impacto positivo nos outros. A Ordem do Trevo é uma lição de vida para muita gente. É um espaço onde damos de nós. Tempo, dinheiro e desgaste físico, mas que nos enche a alma. A recompensa vem do que fazemos, das vitórias diárias, do sucesso nas intervenções, da melhoria das famílias, de bons resultados escolares das crianças. Sabemos que nem todos entendem isso ou não querem entender, mas infelizmente na nossa sociedade ainda temos muita gente a criticar por criticar, sem saberem do que falam e se talvez pela necessidade de serem ouvidos.

J.C.: Qual o futuro da Ordem do Trevo?

J.V. – O futuro será sempre aquilo que os sócios e voluntários quiserem. A OT é uma equipa. Um grupo de pessoas fantásticas. Ninguém é capaz de fazer uma obra destas sozinho.

J.C.: O José Viegas é  fundador e presidente da OT. Como nasceu a ideia?

J.V. –  Foram dois amigos que a pensaram. Infelizmente o Paulo Reis não conseguiu ver a obra nascer pois faleceu quando a imaginávamos, mas sei que ele hoje, esteja onde estiver naquele céu grandioso cheio de homens bons, estará feliz com o que foi realizado. Esta será sempre também, a obra dele. De resto somos uma associação e eu não sou o dono nem tenho maioria de votos. Aqui todos têm voz. Esta é uma atividade que desgasta, que mexe connosco e já são muitos anos, mas esta vasta equipa tem pessoas de muito valor e capacidade. Temos a Paula Botas que está cá há imenso tempo e faz um trabalho fantástico. Carlos Gomes com enorme capacidade de trabalho e dedicação. Gonçalo Tavares sempre pronto e eficaz e ainda Isabel Capinha, Idalina, Anne e Tiago. Destaco também Nuno Magalhães que faz uma retaguarda fantástica e tem sempre a palavra certa nos momentos precisos. Temos novos elementos que nos trouxeram mais valias. E peço desculpa se me esqueci de alguém.

Queremos continuar a crescer, pensar em ter uma sede própria e se se devemos ser IPSS.

No fundo a OT pertence à comunidade caldense. Juntos é que podemos fazer a diferença. Nós, as outras associações, os clubes, o Município, as Juntas de Freguesia. Se todos pensarmos em conjunto os resultados aparecem melhor e mais rápidos. Se entendermos que sozinhos é o caminho então dificilmente conseguimos grandes melhorias.

J.C.: Quais os projetos para 2022? A prioridade será apoiar as famílias?

J.V. – Sim, essa é a base do nosso trabalho. Identificar bem quem precisa, fazer uma análise detalhada com as entrevistas, organizar toda a documentação de quem chega, informatizar, encaminhar para o SEF ou centro de emprego e para a segurança social de forma a estarem legalizados, procurarem um caminho e ultrapassarem barreiras.

Temos também uma grande preocupação com as crianças para que se evite o estigma da criança pobre, fazendo com que tenham material escolar, mochila, e ajudá-los a ter sucesso escolar com explicações se necessário. Muitas destas crianças são também encaminhadas para fazer desporto, como por exemplo natação através da Associação Nadar, mas também futebol no Caldas, Badminton, Rugby, entre outros. Temos 4 crianças a fazer crossfit Kids no Lusíadas.

Estamos a pensar, para 2022, realizar a tradicional corrida da OT, o jantar de aniversário que homenageia os voluntários e parceiros e também conferências que já fizemos em tempos e que queremos voltar a fazer com temas atuais.

Gostávamos também depois de ter o nosso espaço, dar apoio aos idosos com o desenvolvimento de atividades e a oferta de um lanche. Sabemos que muitos deles fazem apenas a refeição do almoço e assim sabemos que vão para casa dormir mais compostos.

Temos muitas ideias mas o espaço atual, apesar de estarmos  agradecidos ao Município, não nos permite alargar nem atingir mais famílias e dar o impulso necessário para a associação.

Quero destacar António Marques diretor da Expoeste, por ter acreditado neste projeto e por estar sempre pronto a colaborar e também porque se preocupa com as causas sociais.

sorriso
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