Enquanto facilitadora da Escola das Emoções desenvolve o programa LUPA – A Aventura das Emoções, numa parceria com a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, com um conjunto de crianças da freguesia, havendo ainda vagas disponíveis. Este programa foi validado pela Fundação Calouste Gulbenkian através das Academias Gulbenkian do Conhecimento, com mentoria da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
Agora pretende desenvolver no espaço Yoga Your Self, na Rua Pêro Vaz de Caminha 1, o programa Sentir com o Coração, também criado pela Escola das Emoções, como forma de promover a literacia emocional em crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo.
O programa Sentir com o Coração, para crianças dos 4 aos 10 anos, foi desenhado para conhecer os sentimentos, identificar, expressar e gerir pensamentos, apresentando vários benefícios para os participantes, segundo Angélica Sousa: “Melhoria na comunicação e relações interpessoais, pois ensina a expressar as emoções de forma clara e eficaz; tomada de decisão mais responsável, na medida em que as crianças aprendem a tomar decisões com base em informações emocionais e racionais, o que leva a escolhas mais ponderadas; maior autoconsciência, pois ajuda as crianças a conhecerem-se melhor, identificando os seus sentimentos e padrões emocionais”.
As sessões são marcadas pela interação constante entre as crianças e a facilitadora, através de “atividades lúdicas, criativas e que levam à reflexão e desenvolvimento de competências socioemocionais, num ambiente seguro onde cada criança pode conhecer-se, expressar-se e compreender a diversidade sem julgamento ou exclusão”.
A primeira sessão está agendada para dia 25 de janeiro, das 15h00 às 17h00 e as inscrições encontram-se abertas. Para mais informações contactar angelica.sousa@escoladasemocoes.pt.
Ao longo dos seus 16 anos de trabalho ao serviço da educação, além de promover o desenvolvimento do conhecimento científico dos seus alunos, Angélica Sousa tem procurado ajudá-los a “acreditarem nas suas capacidades e a crescerem confiantes”.
“Nos últimos anos tenho constatado nos alunos uma dificuldade crescente em gerir o seu comportamento, em pensarem sobre o futuro e estabelecerem metas, assim como verifico um aumento de alunos a manifestarem sintomas de ansiedade. Apesar da existência de serviços de psicologia nas escolas, infelizmente o número insuficiente de técnicos não consegue suprir as necessidades”, descreve.
“Como mãe e professora preocupada com o desenvolvimento emocional das crianças/adolescentes, pois percebo a sua importância para o crescimento equilibrado e mentalmente são, realizei a certificação em educação emocional com a Escola das Emoções (curso de formação certificado pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho)”, relata.
A docente diz acreditar que “começando a trabalhar as competências socioemocionais desde cedo, as crianças tornar-se-ão adultos mais confiantes, com uma autoestima forte, que lhes permita enfrentar os desafios com coragem e resiliência”.