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Entidade Reguladora da Saúde arquiva inquérito a assistência a grávida

A Entidade Reguladora da Saúde arquivou o processo de avaliação que foi instaurado ao caso de uma grávida com hemorragias após um aborto espontâneo, que procurou o hospital das Caldas da Rainha para ser assistida, mas teve primeiro de ultrapassar uma alegada rejeição de admissão.

A Entidade Reguladora da Saúde arquivou o processo de avaliação que foi instaurado ao caso de uma grávida com hemorragias após um aborto espontâneo, que procurou o hospital das Caldas da Rainha para ser assistida, mas teve primeiro de ultrapassar uma alegada rejeição de admissão.

Foi concluído que os procedimentos de assistência do hospital não foram desajustados à situação verificada.

Em agosto, grávida de três meses, a mulher, de 32 anos sofreu um aborto. O feto foi colocado num saco e perante as hemorragias abundantes, procurou ajuda médica na urgência obstétrica das Caldas da Rainha. O marido foi quem a levou de carro.

À chegada o marido foi informado, pelo segurança, que a urgência que procurava estava fechada e que deveria ligar para o 112.

Na sequência do contacto telefónico foi acionada uma ambulância dos Bombeiros das Caldas da Rainha para, segundo as indicações do Centro Orientador de Doentes Urgentes, transportá-la para a Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra, a 130 quilómetros de distância.

Os bombeiros manifestaram resistência a uma tão grande deslocação, considerando que devido à situação da doente devia ser imediatamente atendida no hospital.

A insistência levou a que acabasse por ser admitida. A administração tem outra versão, garantindo que quando houve conhecimento de que a mulher estava a aguardar, o atendimento foi efetuado.

As contradições das versões e a polémica causada levaram a Entidade Reguladora da Saúde a instaurar um processo de avaliação, que segundo a agência Lusa foi arquivado por ter concluído que “os procedimentos assistenciais empregues se revelaram aptos à garantia dos direitos da utente”.

A Entidade Reguladora, que refere não ter sido efetuada “qualquer reclamação” até à data de encerramento do processo, quer, no entanto, ter acesso às conclusões da ação de controlo interno desencadeada pelo hospital, para monitorizar os condicionamentos provocados pelo encerramento durante vários dias por semana que a urgência obstétrica tem vindo a enfrentar devido à falta de médicos.

Em curso estão ainda os processos de inquérito abertos pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e pelo Ministério Público para apurar a assistência prestada.