A mostra convida a uma reflexão sobre os paradoxos do amor, da dor infligida, física e psicológica, e surgiu integrada na programação do Sound of Diversity, um projeto europeu que tem como objetivo promover a diversidade, a igualdade e a inclusão, e que arrancou em Óbidos, onde permaneceu com diversas atividades, durante os dias 9 e 10 de maio.
“O Amor Mata” mergulha o público num universo visual onde o amor, em todas as suas formas e contradições, é colocado sob o olhar crítico e sensível do artista e também professor universitário.
Esta exposição começou a desenhar-se em 2002, “quando li uma reportagem sobre um adolescente de 18 anos”, que assassinou a namorada “por tédio”. “Algo cresceu dentro de mim nessa altura. Percebi que tinha de fazer algum trabalho”, contou o autor, no arranque da inauguração da exposição, que foi acompanhada, do início ao fim, pelo som de um batimento cardíaco.
“Todas as histórias que líamos sobre violência doméstica saíam apenas nos chamados tablóides. Parecia algo que estava um pouco escondido”, recordou.