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Falta de conexão à internet está a prejudicar a freguesia do Landal

A frustração de quem vive isolado sem Internet na freguesia do Landal e as dificuldades no acesso ao Wi-Fi levaram o presidente da Junta de Freguesia, Armando Monteiro, a pedir na Assembleia Municipal de 14 de dezembro o apoio dos órgãos autárquicos.

A frustração de quem vive isolado sem Internet na freguesia do Landal e as dificuldades no acesso ao Wi-Fi levaram o presidente da Junta de Freguesia, Armando Monteiro, a pedir na Assembleia Municipal de 14 de dezembro o apoio dos órgãos autárquicos.

“É uma questão que merece união por parte das forças políticas para que façam pressão perante as operadoras”, disse o autarca que lamenta os constrangimentos que esta situação causa, principalmente nas empresas que estão sediadas na freguesia.

Armando Monteiro salientou que é mais “um ponto negro da nossa freguesia”, recordando que na última assembleia reclamou do “encerramento do Centro de Saúde”, e que agora vem reclamar a falta de “rede no Landal”,  afirmando que continuam a ser o “terceiro mundo do concelho”. 

O presidente da Junta diz “que nas últimas duas semanas agravaram-se os problemas do acesso à Internet, e à rede onde foi retirado força a um sinal que já é muito fraquinho”.

“Os empresários estão constantemente a contactarem-me, para ver se conseguimos fazer alguma coisa, se conseguimos ter algum reforço ou alguma posição perante as operadoras”, conta o autarca, revelando ainda, que mesma na sede da Junta de Freguesia tiveram dois dias parados sem sinal, o que levou ao atraso da elaboração do Plano e Orçamento.

Na Freguesia do Landal, a “população vive o drama de não conseguir aceso ao Wi-Fi”, salienta o autarca, adiantando que “há empreendedores que chegam até nós a chorar porque não conseguem trabalhar”. Deu um exemplo, de um construtor que tinha uma vivenda praticamente vendida e que os compradores desistiram à última hora porque “verificaram que não havia sinal”.   “As pessoas querem mudar para o meio rural para ter mais qualidade de vida, mas há limites, ninguém quer atualmente viver sem Internet e de certos canais de televisão que hoje são proporcionados”, aponta.

Armando Monteiro afirma que a falta de cobertura dos serviços de Internet e rede móvel está a prejudicar a freguesia Landal, porque “temos escolas e atividade económica (e multinacionais) a funcionar que não conseguem trabalhar”.

Deputados solidários com presidente da Junta do Landal

Paulo Espírito Santo, líder do PSD na Assembleia Municipal, solidarizou-se com o problema da freguesia do Landal, considerando extremamente importante que os “territórios sejam abrangidos da mesma forma, nomeadamente no que toca às telecomunicações”.

Recordou que já foi à Assembleia Municipal o tema da coesão territorial e da perda de população, e o facto de não haver melhor qualidade das nossas telecomunicações “não ajuda a fixar pessoas nas freguesias mais rurais, e é obvio que as empresas para trabalharem não conseguem estar desligadas do mundo”. O deputado municipal sublinha a necessidade urgente de “pressionar e obrigar as operadoras, para que consigam oferecer a mesma prestação de serviço que fazem no centro da cidade, ou noutro ponto do concelho, a todos os munícipes que têm os mesmos direitos”.

Já Jaime Neto, deputado Municipal do Partido Socialista (PS), defende que o acesso à rede digital móvel ou Internet “não pode estar apenas nas mãos do setor privado, e que tem que haver um envolvimento dos poderes públicos, tanto assim, que a União Europeia tem como um dos seus objetivos principais a transição digital”.

“Temos que começar a debruçar uma ideia para podermos ter acesso aos fundos europeus para esta matéria, como já está previsto no plano de recuperação e resiliência, mas para isso, temos que ter um plano que garanta o acesso ao Wi-Fi a todos os pontos do concelho, em conjunto com os privados”, apontou.

O deputado municipal diz que,as operadoras só garantem o acesso às redes digitais, onde “há clientes”.

Jaime Neto considera que a questão dos transportes é outro problema que faz com que haja perda de população nas “freguesias ditas no interior, mas que afinal estão aqui tão próximos no Litoral”. “Nós, PS iremos apresentar propostas neste sentido”, relatou.

Maria de Jesus Fernandes, deputada municipal do movimento independente Vamos Mudar, pediu ao presidente da Câmara e aos vereadores, que sejam “consequentes nas candidaturas”, lamentando a informação revelada pela Autoridade Nacional de Comunicação (Anacom),  que Caldas foi um dos municípios que perdeu o voucher wifi4eu, lançado pela União Europeia, para garantir o acesso a redes Wi-Fi gratuitas nos espaços públicos europeus.

“Entristece-nos a todos ouvir sobre a falta de rede no Landal e espero que que haja um esforço e aposta maior nesta questão”, afirmou. 

“É um assunto que já não vem de agora”

“A falta de rede de uma rede de telecomunicações eficaz na zona do Landal e A-dos-Francos, é “um assunto que já não vem de agora”, disse o presidente da Câmara, Vítor Marques, em resposta ao presidente da Junta de Freguesia do Landal.  “Houve já reuniões com a Altice, no anterior mandato, e houve compromissos assumidos pela mesma, e alguns já foram postos em prática”, informou o autarca, acrescentando que “em relação à zona do Landal e de A-dos-Francos, embora A-dos-Francos já tenha uma antena instalada, havia o compromisso que seria em 2022”. Vítor Marques reconheceu o problema, e também considera “lamentável não haja a cobertura de Internet adequada, e com qualidade suficiente, para responder às necessidades da população”, e que “não é aceitável, que por esta razão, existam cidadãos prejudicados no seu trabalho ou na educação”. Revelou, que têm “já reuniões marcadas, e irão pressionar e ajudar a inverter esta situação”.

Em relação ao município ter perdido o voucher wifi4eu, o presidente explicou que “o município chegou a estar inscrito, mas concluiu que já estava a desenvolver vários processos com mecanismos com o Wi-Fi, e que esta integração não seria benéfica”.

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A frustração de quem vive isolado sem Internet na freguesia do Landal
 

Obras no Centro de Saúde de Landal

Em relação ao encerramento do Centro de Saúde do Landal, o presidente da Câmara disse que a Junta de Freguesia tem feito as “démarches no sentido de se fazer as obras necessárias, que foram referidas numa inspeção feita pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”. “A Câmara também está a acompanhar esse processo, e temos feito diversas diligências com a Dra. Ana Pisco, no sentido de pressionar de uma forma ou de outra, para que esta situação possa ser ultrapassada”.

Vítor Marques pressiona para que Hospital do Oeste seja construído nas Caldas

Vítor Marques falou ainda do estudo que está a ser desenvolvido sobre o futuro Hospital do Oeste e que já foi ouvido pela comissão, numa entrevista de 40 minutos, e apresentou “as propostas do que entende, como é o caso da linha férrea, e a possibilidade do hospital ser servido diretamente por uma estação  de comboio”.

Vítor Marques salientou que irá continuar a defender que o futuro hospital seja construído nas Caldas “independentemente de causar algum mal-estar”. “Dissemos que não há nenhuma unidade de saúde privada que não se estabeleça numa cidade. Na região do Centro Hospitalar do Oeste temos duas cidades, Torres Vedras e Caldas da Rainha, e por razões mais do que óbvias, sabemos que Torres não têm essas condições, só pode instalar-se numa cidade de maior dimensão, que é as Caldas”, contou. 

Constituídas 5 comissões

Foi aprovado por unanimidade na sessão extraordinária da Assembleia Municipal (32 votos a favor) a constituição de 5 comissões especializadas, com as seguintes designações: 1ª comissão – economia, finanças, recursos humanos, transição digital e turismo; 2ª comissão – planeamento, mobilidade, urbanismo, património, habitação e obras; 3ª comissão – ambiente, estrutura verde, paisagens e recursos naturais; 4ª comissão – saúde, termalismo, qualidade de vida, cidadania e ação social; 5ª comissão – educação, cultura, juventude e desporto.

A coordenação das 5 comissões foi atribuída a elementos do movimento Vamos Mudar, e são compostas por 13 elementos (7 do PSD, 4 do Vamos Mudar, 1 do PS e 1 da MIFA – Movimento Independente da Foz do Arelho). 

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