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Feira na Expoeste promoveu património histórico e militar

A segunda edição de Feira Militaris aconteceu dias 5 e 6 de outubro, na Expoeste, nas Caldas da Rainha. O evento voltou para promover o património histórico e militar do nosso país e dar voz a quem o promove. A iniciativa teve palestras, cutelaria, recriações, colecionistas, expositores e muitos entusiastas pela área militar.

A segunda edição de Feira Militaris aconteceu dias 5 e 6 de outubro, na Expoeste, nas Caldas da Rainha. O evento voltou para promover o património histórico e militar do nosso país e dar voz a quem o promove. A iniciativa teve palestras, cutelaria, recriações, colecionistas, expositores e muitos entusiastas pela área militar.

A Militaris surgiu da necessidade de alguns amigos, que são colecionadores e que iam ao estrangeiro, terem um ponto em comum e fazerem algo diferente com esta área de interesse.

“Não é uma feira de antiguidades, que existem milhares, nem uma feira medieval. É uma coisa única e nós queremos transformar as Caldas da Rainha, à semelhança da concentração de Faro, onde os colecionadores de toda a Europa se podem reunir uma vez por ano”, referiu João Pedro Amaral, mentor deste projeto.

A 2ª edição da Feira de Militaria teve “mais diversidade de expositores”, além de seis palestras durante o fim de semana e atividades de colecionadores convidados.

Relativamente à escolha dos convidados, João Pedro Amaral indicou que “estamos a fazer palestras de acordo às necessidades e interesse que existem dos colecionadores”, passando por temáticas como armas e explosivos, crachás e militares. O mentor referiu que “em Portugal é algo que praticamente não existe”.

O objetivo deste evento é conseguir mostrar esta área em todas as suas vertentes, apresentando as diversas áreas da militaria, algo que já é desenvolvido noutros países, como, por exemplo França, onde se fazem feiras de militaria há quase meio século.

Durante o fim de semana foram apresentadas recriações de lutas medievais pela Armis Nostrum e demonstrações de combate com o Jogo do Pau de Cascais e da Marinha Grande, onde Paulo Lopes esteve presente.

“Já no século XII havia duelos com bastão. É uma arma de combate usada tanto pela força militar como depois no povo a nível de romarias e feiras”, relatou.

No século XIX começou a ser mais organizado com especialistas, os chamados mestres, que assumiram o exercício do uso do bastão e as suas técnicas como uma arte marcial.

Paulo Lopes escreveu o livro “O Jogo do Pau Português”, que explora esta arte marcial e foi um dos fundadores da Associação da Escola do Pau de Cascais.

A Armis Nostrum dedica-se à esgrima histórica em Óbidos, às segundas e quintas, às oito da noite. 

A Associação Napoleónica Portuguesa esteve também presente no evento, realizando desfiles.

A Feira Militaris contou ainda com a Associação de Veículos Militares de Elvas e associações de ex-combatentes.

Caldas da Rainha é o local ideal para fazer esta feira, segundo a organização, pela sua posição central com a A8 e A17 e diversidade de localidades à volta da cidade. Relativamente ao espaço, a Expoeste possui uma grande área de estacionamento, o que é bastante favorável para o evento, casas de banho e a possibilidade de ter restauração no interior do recinto.

A Militaris tem na sua organização Miguel Barbosa, responsável pelas redes sociais, Nádia Morgado na parte do secretariado e João Pedro Amaral, assim como diversos elementos que permitem que o evento aconteça. A organização desta feira é um hobbie por parte destes entusiastas. “É um sítio de camaradagem acima de tudo”, apontam.

Além da exposição de artigos e viaturas, existiu ainda a possibilidade de compra e venda de itens que permitem completar ou alargar as coleções e que podem valer alguns milhares de euros. 

O custo da entrada foi de três euros.

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