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GNR e PSP das Caldas pedem mais recursos humanos e meios

Os dados estatísticos da GNR e da PSP das Caldas não demonstram nenhum aumento considerável nos índices de criminalidade nos últimos dois anos, mas o aumento da população e a falta de efetivos, para além de meios, preocupa os responsáveis locais das forças de segurança.

Divisão Policial das Caldas da Rainha, e a sub-sargento Maria Pereira, que está a comandar o posto da GNR das Caldas, salientaram a necessidade de reforçar o efetivo local destas forças de segurança.

Segundo o presidente da Câmara, Vitor Marques, nos últimos quatro anos a população do concelho aumentou cerca de 9%, o que veio trazer vários constrangimentos.

De 2023 para 2024 houve uma diminuição no número de crimes contra pessoas (de 302 para 273) e um aumento nos delitos contra património (de 378 para 400). Em relação à violência doméstica houve mais um caso em 2024 do que em 2023 (76 no total).

A criminalidade geral em 2024 registou um total de 767 ocorrências, dos quais 34 foram considerados graves. Em 2023 tinha sido 776 ocorrências, das quais 39 foram graves.

Apesar de ainda não haver dados estatísticos oficiais do primeiro trimestre, Hugo Marado referiu que os números se mantêm mais ou menos equivalentes em relação ao período homólogo de 2024.

No entanto, o subintendente destacou que como houve um decréscimo no número de recursos humanos, existem alguns dados estatísticos que podem estar deturpados em relação à realidade. Isto porque, com menos polícias a fazerem o seu trabalho, há menos fiscalizações e detenções.

Ainda por cima, os agentes têm tido muitas solicitações para estarem presentes nos vários eventos que se realizam na região e isso desvia-os de outras missões. Às vezes em serviço público e noutras em serviço remunerado. Há ainda que ter em conta todo o trabalho administrativo e de diligências policiais que necessitam de realizar.

Hugo Marado salientou que a divisão das Caldas, na área do distrito, é a que mais operações de controlo de imigrantes tem realizado. Destas ações têm resultado a elaboração de alguns autos de notícia por suspeitas de auxílio à emigração ilegal e tráfico humano. “Tudo isto exige muitos meios”, comentou.

A segundo sargento Maria Pereira lembrou que a GNR das Caldas cobre uma área de quase 235 km2 e serve uma população de mais de 24 mil pessoas. “Atualmente só dispomos de uma viatura operacional e um motociclo”, lamentou, acrescentando ainda a falta de guardas para patrulhamento, tendo em conta a dimensão da área.

Essa realidade fez com que os números de patrulhamento tenham diminuído significativamente nos últimos dois anos. No primeiro trimestre deste ano registou-se um pequeno decréscimo da criminalidade geral, comparativamente ao período homólogo de 2023.

Por outro lado, a criminalidade violenta e grave “que outrora não era visível, já começa a dar sinais de si”.

A depressão Martinho, que atingiu a região principalmente durante a manhã do dia 19 e as oito da noite de 22 de março, foi o responsável pelo maior número de ocorrências durante este inverno.

Tanto o Serviço Municipal de Proteção Civil, representado na reunião por Gui Caldas, como o comandante dos bombeiros voluntários das Caldas, Nelson Cruz, destacaram este fenómeno meteorológico nos relatórios que apresentaram sobre a sua atividade no primeiro trimestre do ano.

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