De acordo com a acusação, citada pela agência Lusa, Rosa Sousa, a tia, vivia sozinha e guardaria artigos de joalharia e dinheiro proveniente do arrendamento de várias habitações. O sobrinho foi até sua casa no dia 22 de agosto e pediu-lhe dinheiro para construir uma casa, mas face à recusa, desferiu-lhe vários murros no rosto, fazendo com que a vítima caísse no chão e perdesse os sentidos.
Para que a tia não viesse a denunciá-lo às autoridades policiais, “decidiu matá-la”, munindo-se de fita-cola e de um casaco de lã, que usou para a impedir de respirar, “matando-a por constrição das vias respiratórias, com a consequente asfixia”.
Depois do crime, revistou a casa toda à procura de dinheiro, que não encontrou, e abandonou a habitação, levando consigo a chave da porta para regressar mais tarde, o que aconteceu “pelo menos três vezes” entre os dias 23 e 26 de agosto.
Nessas ocasiões, sem o consentimento da tia e dos seus herdeiros, “levou consigo” garrafas de bebidas alcoólicas e outros artigos, como brincos e anéis de bijuteria, com valor apurado de 378 euros.
Na casa da vítima, deixou pontas de cigarro que tinha fumado e alguns pertences seus.
Como a tia já não era vista há alguns dias, a pedido de familiares, os bombeiros foram chamados no dia 25 de agosto para abrir a porta da habitação, através de arrombamento, encontrando a mulher morta, com sinais de violência.
A investigação da Polícia Judiciária conduziu-a até ao sobrinho, sendo encontrados na sua casa e automóvel artigos que o agressor tinha levado da habitação da vítima. Sem antecedentes criminais, o homem foi logo detido e ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.