A Comissão Cívica de Utentes da Unidade Local de Saúde do Oeste afirmou, em comunicado, ter conhecimento que a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde insiste na decisão de não autorizar a cirurgia da mama no hospital das Caldas da Rainha.
“Mais uma decisão que, a ser tomada, colocará em causa este serviço de cirurgia, que cada vez mais vai ficando depauperado”, manifestou a comissão, adiantando que perante esta situação “uma das jovens médicas-cirurgiãs com competência na área decidiu rescindir o contrato com o nosso hospital para ir trabalhar num outro hospital do Serviço Nacional de Saúde”.
Para a comissão, esta decisão, a confirmar-se, “é muito preocupante, porque contribui para a diminuição da oferta de cuidados, para a diminuição da diferenciação hospitalar, para a diminuição da capacidade formativa de novos especialistas e para a menor atratividade e fixação de novos profissionais”.
“É lamentável que se continue a trilhar o caminho do empobrecimento dos cuidados hospitalares públicos na região, sabe-se lá com que intenções, sendo, no entanto, desde já claro que, com estas decisões, se desvaloriza o hospital”, sustentou a comissão.
Vincando as “implicações danosas” para a população afetada pela doença oncológica, anunciou que irá transmitir o seu desagrado e indignação ao Ministério da Saúde.