Segundo transmitiu o Gabinete de Imagem e Comunicação da Polícia Judiciária, “as vítimas eram conhecidas do agressor”. “Trabalhavam juntos há cerca de quatro anos em trabalhos agrícolas na zona de Óbidos”, no âmbito do qual “terão surgido desentendimentos”, a que alegadamente se juntou um negócio mal concretizado da venda de um carro, em que terá ficado uma dívida por saldar.
O homicida, de nacionalidade indiana, reside em Portugal há quatro anos e encontra-se em situação legal no país. Atualmente a morar na área da Grande Lisboa, chegou de mota à Amoreira e invadiu o número 16 da Rua dos Arrifes, uma modesta residência, penetrando por uma janela lateral que não estava fechada. Envolveu-se em luta com a vítima mortal, que se tentou defender e que sofreu facadas nas mãos. Agostinho Almeida acabou por ser esfaqueado várias vezes no pescoço e não resistiu aos ferimentos.
A esposa do idoso, de 68 anos, e um filho do casal, de 30 anos, que reside na mesma habitação, foram atingidos pela arma branca na cabeça e nas mãos.
Escaparam às agressões a nora, de 30 anos, e a neta, de seis anos, que se refugiaram na casa de banho.
Foi a nora quem alertou as autoridades policiais, cerca das três da manhã. O agressor ficou à espera das autoridades policiais e não esboçou qualquer resistência à chegada da GNR de Óbidos, que o entregou ao Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária, que ficou encarregue do caso.
O indivíduo detido vai ser presente a um juiz de instrução criminal, para determinação das medidas de coação. Está indiciado “pela prática de um crime de homicídio qualificado, dois crimes de homicídio qualificado na forma tentada e um crime de detenção de arma proibida”.
A arma branca utilizada, com lâmina “de grande dimensão”, segundo fonte policial, foi apreendida.
Os bombeiros de Óbidos transportaram o cadáver para o Gabinete Médico-Legal Forense do Oeste, em Torres Vedras, para a realização da autópsia. Os feridos graves foram levados para o hospital das Caldas da Rainha e posteriormente foram transferidos para uma unidade hospitalar em Lisboa para serem submetidos a intervenções cirúrgicas.
No local estiveram também uma ambulância dos bombeiros das Caldas da Rainha, a viatura médica de emergência e reanimação das Caldas da Rainha e a ambulância de Suporte Imediato de Vida de Peniche.