O homem de 51 anos que no dia 28 de outubro invadiu a Câmara Municipal de Torres Vedras munido de uma arma branca e feriu quatro pessoas e depois, num estabelecimento no concelho de Peniche também causou desacatos, foi enviado pelo Tribunal da Comarca de Lisboa Norte para internamento psiquiátrico no Hospital Prisional de Caxias.
Foi a medida de coação determinada após ter sido presente a um juiz de instrução criminal, na sequência da sua captura pela PSP na tarde de 5 de novembro nas imediações da casa dos pais, em Torres Vedras.
Licenciado em sociologia e mestre em urbanismo, o homem apresenta no seu currículo um longo percurso na área da formação de jovens e adultos na vertente sociocultural, comportamental e pedagógica em centros profissionais e durante dois anos chegou inclusive a ser técnico superior na autarquia torreense, para além de se anunciar como empreendedor e gerente de uma estância em Santa Cruz dedicada ao surf, onde também ensinou a prática deste desporto.
Residente em Torres Vedras, no dia 28 de outubro, após as 13 horas, dirigiu-se ao primeiro piso do edifício de multisserviços da Câmara Municipal de Torres Vedras, alegadamente com o intuito de pedir satisfações por questões laborais relacionadas com um filho.
Com uma arma branca (uma espécie de ferramenta agrícola com lâmina) feriu quatro funcionários da Câmara, que tiveram de ser assistidos no hospital devido a hematomas.
O suspeito acabaria por aparecer pelas 18 horas nos Casais do Baleal, entre Ferrel e Baleal, no concelho de Peniche. Desorientado, no supermercado/café Lagide Amanhecer provocou distúrbios. Com a arma branca que transportava na mão terá tentado agredir uma pessoa na esplanada, que se esquivou e não ficou ferida. Fugiu depois num carro estacionado nas imediações, não deixando de proferir ameaças a funcionários e clientes, num momento gravado em vídeo.
O que fez o indivíduo causar distúrbios nos dois concelhos, em localidades a 50 quilómetros de distância, é ainda uma incógnita.