O ciclista caldense João Almeida, que completou 24 anos no dia 5 de agosto, venceu neste sábado a última etapa da Vuelta a Burgos, em Espanha, e voltou aos pódios, ao ficar no 2º lugar final.
“Estou muito feliz por regressar ao pódio. Quero agradecer muito aos meus colegas de equipa e à UAE Team Emirates por acreditarem em mim. Não tem sido fácil mas temos sempre de acreditar”, declarou o atleta.
Este triunfo foi celebrado de forma efusiva pelo esloveno Tadej Pogacar, grande figura da UAE Team Emirates, que nas redes sociais comentou: “Oh, meu Deus! João Almeida é o meu herói. Rei!”.
João Almeida conseguiu a 2ª vitória do ano em provas por etapas, depois de ter ganho a 4ª etapa da Volta a Cataluña e espera ter uma “rápida recuperação” para se preparar para a Vuelta a España, entre 19 de agosto e 11 de setembro.
À procura da melhor forma que lhe permita manter um bom ritmo, o jovem de A-dos-Francos tem tido altos e baixos nos últimos meses. Em maio testou positivo à Covid-19 e teve de abandonar o Giro d’Italia, quando ocupava o 4º lugar.
Posteriormente ficou em 3º lugar na prova que ditou o campeão nacional de contrarrelógio na categoria de elite, e sagrar-se-ia campeão nacional de fundo.
No final de julho desistiu da clássica Donostia-San Sebastián, no País Basco, em Espanha, tendo explicado que a razão foi a “falta de forma física”.
Na Vuelta a Burgos o caldense estava a ter uma performance discreta, pois apesar de andar perto dos corredores da frente não tinha conseguido vitórias em etapas ou bonificações para a classificação geral.
Ainda assim, na última etapa estava a 42 segundos da liderança e a 16 segundos de um lugar no pódio, onde se encontrava outro corredor português, Rúben Guerreiro, da EF Education-EasyPost. No entanto, os 170 quilómetros da derradeira prova mudaram o figurino.
A última etapa da Vuelta a Burgos foi num percurso de montanha. O corredor de A-dos-Francos bateu ao sprint o colombiano Miguel Ángel López, da Astana Qazaqstan Team, e subiu do 15º para a 2ª posição final, com o mesmo tempo do 3º da geral, Miguel Ángel López, mas ficando à sua frente por número de vitórias em etapas.
Ficou a 35 segundos do líder, Pavel Sivakov (que em março mudou da nacionalidade russa para a francesa, devido à sua oposição à invasão da Ucrânia), da Ineos Grenadiers, que foi 3º na etapa.
Rúben Guerreiro, que acabou em 6º lugar na etapa final, desceu do 3º para o 6º lugar da classificação geral, a 47 segundos do líder, obtendo a vitória na classificação dos pontos.
Na prova participaram nomes de peso como o vencedor do Giro d’Italia deste ano, o australiano Jai Hindley (Bora – Hansgrohe), que ficou em 7º na Vuelta a Burgos, o holandês Wilco Kelderman (Bora – Hansgrohe), 3º no Giro d’Italia em 2020, que ficou em 9º, o italiano Vincenzo Nibali (Astana Qazaqstan Team), que venceu o Giro d’Italia em 2013 e 2016, o Tour de France em 2014 e a Vuelta a España em 2010, que ficou em 11º, o colombiano Esteban Chaves (EF Education–EasyPost), 2º no Giro d’Italia em 2016, que ficou em 12º, o inglês Geoghegan Hart (Ineos Grenadiers), vencedor do Giro d’Italia em 2020, que ficou em 13º, e o espanhol Mikel Landa (Bahrain – Victorious), 3º no Giro d’Italia em 2015 e 2022, que ficou em 44º.