Foi uma noite de convívio, reencontros e partilha de história, mas para Daniel Rebelo, presidente da concelhia das Caldas do PSD, foi uma altura de “união” que “reafirma a força” do PSD “enérgico e cheio de vitalidade para o forte combate perante o cenário das eleições”.
Marques Mendes apadrinhou a entrada de 16 novos militantes. No final do jantar foram homenageados dezenas de autarcas que “durante 50 anos ajudaram o PSD no desenvolvimento do concelho”.
Marques Mendes saudou o deputado caldense Hugo Oliveira, que considera que vai ser novamente “candidato a deputado e vai ser eleito”. “Não é que tenha informação privilegiada, mas tenho um pouco de bom senso e sei que foi durante estes anos um excelente deputado, eficaz e um homem que tem tido um trabalho importante na defesa das termas e também da causa que o novo Hospital seja nas Caldas”, disse Marques Mendes.
O antigo presidente do PSD falou da situação “instável e incerta como a nossa geração nunca viveu devido à guerra no Médio Oriente e da Guerra na Ucrânia”.
Fez referência “aos novos conflitos que podem surgir a qualquer instante nesta década entre a China e os EUA por causa de Taiwan, que poderá provocar uma guerra económica e comercial”.
Falou ainda da crise económica que está a chegar a toda a União Europeia com a recessão na Alemanha. “A constipação na Alemanha pode ajudar a ser uma pneumonia na Europa e também em Portugal”, referiu, acrescentando que Portugal vai a eleições num “clima de incerteza à escala mundial a nível europeu como provavelmente há muitas décadas não tínhamos”.
“Temos que pugnar para que nas próximas eleições haja uma solução política estável e um Primeiro-Ministro moderado, ponderado, com bom senso, conhecimento, capacidade de ouvir e de dialogar”, salientou.
Marques Mendes diz que conhece há muitos anos Luís Montenegro, antes da sua vida política, e que é amigo pessoal dele. “Ele tem apenas um ano e pouco de líder da oposição e pelo meu conhecimento dele é mais bem preparado do que algum de vós possa alguma vez imaginar”, contou, acrescentando que é uma pessoa com “um grau de preparação do ponto de vista cultural, técnico e político muito acima do normal”.
Hugo Oliveira apelou ao voto a um novo Governo do PSD liderado por Luís Montenegro. “Nas Caldas tentaram uma coisa diferente e sabem como está o concelho, portanto, não podemos embarcar em experiências más”, apontou. “O PSD precisa de cada um de vós, que vão porta a porta dizer às pessoas que isto é um momento importantíssimo para o nosso país e que temos que votar no PSD para não cairmos numa nova geringonça”.
Revelou que ainda não sabe se será candidato a “deputado”, mas se não for terá “a mesma postura”.
O antigo presidente da câmara, Tinta Ferreira, também apelou ao voto em março. Igualmente ex-presidente da autarquia, Fernando Costa acusou os autarcas do PSD e PS de Torres Vedras de “estarem vendidos aos hospitais privados porque não querem o novo equipamento”. Fernando Costa defende dois hospitais para o Oeste, um em Torres Vedras e um nas Caldas.
No final do jantar, Marques Mendes foi questionado pelos jornalistas sobre a sua posição em relação à localização do novo Hospital do Oeste e respondeu que “não domino a matéria e não me vou meter nisso, deixando para os dirigentes locais e para o deputado caldense”.