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Ministro da Economia foi conhecer setor da cutelaria em Santa Catarina

No âmbito da promoção das atividades empresariais e clusters da região Oeste, no passado dia 22 o ministro da economia, António Costa e Silva, visitou a empresa Ivo Cutelarias, em Santa Catarina, no concelho das Caldas da Rainha.

No âmbito da promoção das atividades empresariais e clusters da região Oeste, no passado dia 22 o ministro da economia, António Costa e Silva, visitou a empresa Ivo Cutelarias, em Santa Catarina, no concelho das Caldas da Rainha.

António Costa e Silva salientou que a cutelaria é um setor que “tem uma contribuição grande para a economia do país e para as exportações”, lembrando que a região “é o berço da indústria de cutelaria nacional”.

Sobre a Ivo Cutelarias disse que era “uma empresa com muita qualidade nos seus produtos e com grande capacidade exportadora (90% da produção total), nomeadamente no mercado europeu, Estados Unidos, Canadá e Austrália, entre outros”. “Estão a exportar para cerca de 90 países”, indicou.

“A empresa tem crescido ao nível de investimento e do volume de vendas”, referiu, acrescentando que a Ivo Cutelarias “está muito atenta às transformações nos mercados mundiais” e foi pioneira na transição energética. Ao instalar, em 2015, uma unidade de produção e de auto-consumo de energia elétrica, conseguiu ser mais competitiva durante a crise energética de 2022, causada pela guerra na Ucrânia.

O governante considerou também que a empresa é exemplar na política de contratação, incluindo a integração do imigrantes. Atualmente tem 220 funcionários. “As várias nacionalidades que trabalham aqui estão bem integradas na comunidade local”, disse. António Costa e Silva elogiou o investimento em robótica e no design de novos produtos.

Em relação às dificuldades que a indústria enfrenta, o ministro referiu a retração nos mercados europeus e noutros países “que já se está a refletir na carteira de encomendas das empresas”. Desde setembro as encomendas “caíram drasticamente”, segundo revelou António Peralta, CEO da Ivo Cutelarias. Por isso, há necessidade de diversificar o destino das exportações, tal como tem feito a Ivo.

O presidente da AIRO, Jorge Barosa, lembrou que em junho tinham reunido com o ministro e nessa altura convidaram-no para esta visita para conhecer a realidade da economia da região Oeste. “Esta zona está a crescer mas precisa de um olhar mais atento por parte do governo e mais apoios, ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência”, afirmou.

O dirigente quis mostrar as empresas que trabalham com alta tecnologia e as zonas industriais da região que têm capacidade para acolher mais investimento. Jorge Barosa pediu ainda ao ministro que o Simplex passe a contemplar também a indústria, de modo a simplificar os processos necessários para a instalação de novas empresas.

António Peralta salientou que era muito importante esta visita, principalmente para que possa ser desbloqueado o licenciamento da ampliação da fábrica.

“Quisemos realçar que esta é a maior empresa do país no setor da cutelaria e precisamos da ajuda do governo para desbloquear esta situação, que tem vindo a arrastar-se há alguns anos”, disse o empresário.

Atualmente há dois pavilhões que não estão licenciados e querem ainda construir mais um, mas a situação está bloqueada no Ministério do Ambiente, devido à proximidade ao rio de Santa Catarina. António Peralta sublinhou que o atual executivo camarário tem estado “sempre ao nosso lado, desde o primeiro minuto” e garante que têm sempre respeitado as questões ambientais.

“Sem esta ampliação é mais difícil respeitar os compromissos que temos com os clientes”, adiantou, preocupado em que haja grandes atrasos na entrega das encomendas.

No final foi feita uma visita às obras de construção da Área de Acolhimento Empresarial da Benedita.