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Município teria de gastar 3 a 4 milhões de euros se não houvessem bombeiros voluntários

Na tarde do passado domingo, no mesmo dia em que se iniciavam incêndios em vários pontos do país que vieram relembrar a importância dos soldados da paz, os bombeiros voluntários das Caldas da Rainha celebravam o 129º aniversário da sua associação humanitária.

Na tarde do passado domingo, no mesmo dia em que se iniciavam incêndios em vários pontos do país que vieram relembrar a importância dos soldados da paz, os bombeiros voluntários das Caldas da Rainha celebravam o 129º aniversário da sua associação humanitária.

O comandante dos bombeiros caldenses, Nelson Cruz, lembrou na cerimónia solene que o Estado português não tem capacidade para socorrer as pessoas sem recorrer às 435 associações humanitárias existentes em Portugal.

“Se é verdade que cabe ao Estado financiar estas associações para cumprir as tarefas que lhe são delegadas, também é verdade que existe um subfinanciamento crónico, até um aproveitamento destas organizações, que muitas vezes são obrigadas a fazer peditórios, eventos e outras soluções para angariar fundos com um único propósito: a proteção da vida e dos bens dos nossos concidadãos”, salientou.

No caso de ser o Município a ter esse encargo, seriam cerca de três a quatro milhões de euros anuais. “Não são apenas os recursos humanos, são os combustíveis, a aquisição de equipamentos e veículos, a sua manutenção, fardamentos, manutenção de infraestruturas e diversos fornecedores, etc, etc”, adiantou ainda o comandante.

Para além de todo o serviço de socorro à população, a associação tem ainda outras funções, como o clube de ginástica e piscina. Atualmente, já estão nos quadros da associação 59 funcionários, alguns dos quais são bombeiros.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, Luis Botelho, também realçou as muitas despesas que têm tido para garantir que a população possa contar com os soldados da paz.

“Desde o último aniversário, adquirimos um veículo florestal de combate a incêndios, um veículo de comando, um veículo tanque tático urbano e dois veículos dedicados ao transporte dos doentes”, realçou o dirigente. No total, foram gastos mais de 358 mil euros nestas aquisições.

Para além disso, para garantir o socorro necessário, e face “às dificuldades pelas quais passam o SNS e, em particular, o nosso hospital”, tiveram ainda de adquirir três ambulâncias. Foram gastos 190 mil euros. Houve ainda despesas na requalificação da central de telecomunicações (80 mil euros) e no arranjo dos telhados da oficina e do departamento do Grupo de Socorros a Náufragos (28 mil euros).

Luis Botelho agradeceu à Câmara das Caldas e às Juntas de Freguesia o apoio financeiro que têm dado ao longo deste ano. A autarquia apoiou, através da comparticipação na compra das viaturas e nas obras, com um total de 350 mil euros.

Foi ainda oferecido a esta corporação, pela Câmara (75%) e pelas Juntas (25%), um Veículo de Apoio Logístico, com capacidade para 20 mil litros de água, no valor de 100 mil euros.

Em representação da Assembleia Municipal, Pedro Marques enalteceu o trabalho dos bombeiros e salientou que todos os valores entregues a esta associação servem para os próprios cidadãos, poupando os recursos financeiros da autarquia para outros investimentos.

O presidente da Câmara, Vitor Marques, também elogiou a associação e os bombeiros, por tudo o que dão pelos outros. “Ao longo de todos estes anos houve sempre uma grande abnegação dos nossos bombeiros”, afirmou, concordando que de outra forma seria impossível conseguir dar resposta às necessidades da população.

Segundo o autarca, nos últimos três anos o valor entregue pela Câmara aos bombeiros subiu cerca de 50% em relação ao passado, porque as próprias despesas da associação aumentaram bastante.

Para breve estará a criação do Cartão Social do Bombeiro, que irá permitir aos soldados da paz terem vários descontos nos serviços camarários.

Marco Martins, vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, também referiu que as corporações estão a passar por uma fase difícil e que estão a ser preparadas várias iniciativas para se fazerem ouvir. Nos dias 20, 21 e 22 de setembro as corporações vão tocar as sirenes, mas desta vez “para que as populações saibam que precisamos de ajuda”.

Na cerimónia prestaram juramento sete novos bombeiros, da escola de estagiários, e foram promovidos a subchefe Telmo Pacheco e a chefe Paulo Ferreira. Houve ainda várias promoções a bombeiro de 1ª e foram atribuídos diversos galardões.

Passaram também ao quadro de honra três bombeiros: Helder Santos, Vitor Santos e Fernando Constantino. Aos dois primeiros foi ainda atribuído o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por terem estado ao serviço durante mais de 35 anos.

Foi apresentado um novo veículo dedicado ao transporte de doentes, com uma comparticipação de 50% da Câmara, cujo patrono é o Rotary Clube das Caldas.

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