A Museus e Monumentos de Portugal e a Câmara Municipal das Caldas da Rainha divulgaram que, no seguimento do trabalho conjunto de criação das bases para a futura requalificação do Museu da Cerâmica, terão de ser feitas vistorias técnicas para identificação de patologias, elaboração de projeto e intervenção de obra, pelo que o importante acervo do museu terá de ser temporariamente transferido.
O museu integra diversas coleções representativas da produção das Caldas da Rainha e de outros centros cerâmicos do país e do estrangeiro. As suas valiosas coleções compreendem peças da cerâmica caldense dos séculos XVII e XVIII e núcleos da produção do século XIX e primeira metade do século XX. São de salientar os trabalhos da barrista Maria dos Cacos, autora de peças utilitárias antropomórficas, e de Manuel Mafra.
O Museu da Cerâmica, criado oficialmente em 1983, corresponde a um desejo antigo da população das Caldas da Rainha. Considerado um centro cerâmico de reconhecida tradição, este museu está instalado na zona histórica da cidade, junto ao Parque D. Carlos I e próximo da Fábrica Bordalo Pinheiro.
Está instalado num palacete tardo-romântico, que abriga a exposição permanente, e inclui também um edifício secundário onde se situa a sala de exposições temporárias, a loja, a olaria e o centro de documentação.
Encontra-se rodeado de espaço verde, dotado de jardins com alamedas, canteiros, floreiras, lagos e um auditório ao ar livre, sendo de realçar a decoração profusa que ornamenta todo o conjunto e inclui azulejos do século XVI ao século XX, vários elementos arquitetónicos cerâmicos de relevo e estatuária de grande beleza.
