Museu Nacional da Resistência e da Liberdade inaugurado em Peniche

O Presidente da República e vários membros do Governo, como as ministras da Cultura e da Justiça e a secretária de Estado da Cultura, marcaram presença no passado sábado na cerimónia oficial de inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche.

O Presidente da República e vários membros do Governo, como as ministras da Cultura e da Justiça e a secretária de Estado da Cultura, marcaram presença no passado sábado na cerimónia oficial de inauguração do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche.

A data escolhida para a inauguração do museu coincidiu com os 50 anos da libertação dos presos políticos da cadeia política que existia na Fortaleza de Peniche, dois dias após o 25 de Abril de 1974.

Outrora uma prisão de alta segurança que visava conter os revolucionários antifascistas que lutavam por um Portugal novo, ali vai perdurar a memória da resistência à ditadura, num investimento de 4,3 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários.

Na presença de antigos presos políticos, como Fernando Rosas e Domingos Abrantes, o Presidente da República vincou que “a ditadura é diferente da democracia e é importante que hoje e no futuro se perceba isso”. “Não podemos deixar cair ou prescrever essa memória com o passar dos anos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, apontando que a Fortaleza de Peniche é um “símbolo do que foi Portugal durante 48 anos”.

Fernando Rosas lembrou os 2626 presos políticos antifascistas que por ali passaram desde o golpe militar de 28 de Maio de 1926 até à libertação a 27 de Abril de 1974.

Apesar do momento festivo, insurgiu-se contra a condecoração de António Spínola com a Ordem da Liberdade. “Spínola foi o chefe do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) em 1975/76, organização fascista e subversiva, terrorista, responsável por inúmeros atentados bombistas, alguns deles com vítimas mortais, como o padre Max em 1976. Nunca respondeu por estas atividades criminosas e constitui um insulto agraciá-lo post mortem com a Ordem da Liberdade”, manifestou.

O Presidente da República defendeu que a condecoração de Spínola, a título póstumo, foi “um sinal de democracia” e lembrou que o ex-chefe de Estado integrou a lista dos ‘Capitães de Abril’, mas divergiu.

Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu que pediu a listagem dos ‘Capitães de Abril’ à Associação do 25 de Abril, onde constam nomes de “gente muito diferente que esteve unida naquele momento e depois desuniu-se em sentidos muito diversos e houve momentos em que houve ruturas”.

Por sua vez, Domingos Abrantes fez notar que o país esteve “quase meio século à espera” deste museu. A Fortaleza de Peniche chegou a ser integrada pelo Governo em 2016 na lista de monumentos históricos a concessionar a privados, no âmbito do programa Revive, mas passados dois meses foi retirada, pela polémica suscitada, levando a Assembleia da República a defender a sua requalificação, em alternativa.

Classificada como monumento nacional, a Fortaleza foi uma das prisões do Estado Novo, de onde se conseguiu evadir, entre outros, o histórico secretário-geral do PCP Álvaro Cunhal, em 1960.

Uma fuga recordada pelo atual secretário-geral do partido, Paulo Raimundo, que na tarde do passado sábado integrou uma delegação do PCP que participou em solidariedade no desfile promovido pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses, entre o quartel dos bombeiros de Peniche até à Fortaleza, que juntou uma multidão, com excursões de autocarros de vários pontos do país.

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