A Unidade Local de Saúde do Oeste (ULSO) vai proceder à reabilitação de um dos edifícios do Hospital das Caldas da Rainha, num investimento de oito milhões de euros. Esta intervenção vai permitir dotar as instalações das condições adequadas para uma melhor prestação de cuidados de saúde aos utentes e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.
Trata-se de um edifício inacabado, com dois pisos, onde apesar das condições muito precárias funcionam diversos serviços. A reabilitação desta infraestrutura é considerada prioritária pelo conselho de administração da ULSO, tendo agora sido possível obter a aprovação de financiamento pelo Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial, o qual irá financiar 80% da despesa deste projeto.
Atualmente, o edifício é ocupado pelos Serviços de Cardiologia, Serviço Social, Admissão de Doentes e as Consultas Externas de Pediatria e de Oftalmologia. As condições do edifício são notoriamente insuficientes e precárias.
“A reabilitação deste edifício é muito importante para a melhoria dos cuidados de saúde que prestamos à população em várias especialidades muito sensíveis, pelo que é uma notícia que foi recebida com grande satisfação”, referiu Elsa Baião, presidente do conselho de administração da ULSO do Oeste.
A reabilitação vai permitir a melhoria da salubridade, da acessibilidade, da funcionalidade e do conforto. Irá também possibilitar a transferência da Farmácia (que funciona igualmente em instalações modulares) para instalações definitivas, e complementar as suas valências com a criação de uma Unidade de Citotóxicos, bem como transferir o Serviço de Sistemas de Informação e Comunicação e o respetivo Data Center em Caldas da Rainha.
Destaca-se também a criação de espaço de cafetaria para utentes e acompanhantes, na proximidade das principais salas de espera do hospital.
Mas as melhorias não se ficam por aí: será igualmente possível transferir e ampliar a Unidade de Cirurgia de Ambulatório, dotando-a de uma sala cirúrgica própria. E, finalmente, transferir e ampliar os Hospitais Dia de Oncologia e de Imunohemoterapia, criando condições para responder às atuais necessidades destes serviços.
As áreas libertadas pelos serviços que vão funcionar no edifício a reabilitar vão permitir dar resposta às necessidades de adaptação das instalações afetas ao Serviço de Aprovisionamento e Logística e ao Serviço de Gestão de Recursos Humanos, para acomodar adequadamente os novos recursos decorrentes da criação da ULSO. E vai permitir a libertação de espaço para a ampliação da Neonatologia, bem como a ampliação das Consultas Externas e do Laboratório de Patologia Clínica.
“Este projeto é muito mais do que intervir num único edifício, pois vai permitir o ajustamento de vários serviços e de outras infraestruturas, numa lógica estruturada de melhoria dos serviços deste hospital, servindo melhor a comunidade”, concluiu Elsa Baião.
A complexidade da intervenção a realizar obriga a uma calendarização delicada, arrancando os trabalhos durante o próximo ano e concluindo-se as obras até ao final de 2027.
A ULSO agrega numa única entidade o Centro Hospitalar do Oeste, o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Sul. Iniciou o seu funcionamento a 1 de janeiro deste ano e integra os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras e Sobral de Monte Agraço.