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Praias da região inauguram época balnear “sem ajuntamentos no areal”

A época balnear arrancou nas praias da região com as mesmas regras do ano passado, no que diz respeito ao acesso, limites de ocupação e cuidados a ter para evitar a transmissão do coronavírus nesses locais. No caso das praias do Baleal, da Foz do Arelho e de São Martinho do Porto, que ostentam o galardão Bandeira Azul, inauguraram a época com a presença de 35 nadadores salvadores, 14 postos de vigilância e “sem grandes ajuntamentos no areal”.

Foz do Arelho

“Vive-se uma nova realidade nas praias devido à pandemia de Covid-19”, sublinhou Luís Vieira, coordenador dos dez nadadores salvadores que estão responsáveis este verão pela vigilância da praia da Foz do Arelho, que poderá ter em permanência no areal até 9.800 banhistas, distribuídos pela zona da lagoa e a parte do mar, segundo a determinação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quanto ao limite de ocupação para cada uma das praias.

Apesar da abertura ter ocorrido há duas semanas, “ainda não se notou grande afluência de banhistas na praia, devido às condições climatéricas. Talvez a partir do próximo mês”, apontou Luís Vieira, da associação OesteRescue, que é responsável pelo Plano Integrado de Salvamento.

Em relação aos procedimentos, o responsável frisou que serão “exatamente os mesmos do que o ano passado”. Face a isso mantêm-se as diferenciadas entradas de praia, sinalizadas com painéis informativos relativos ao cumprimento das regras de distanciamento físico, pessoas e equipamentos, e esclarecimento da sinalética de ocupação de praia, conforme matriz facultada pela APA, e acrescidos dos informativos habituais da época balnear, em que foram também atualizadas as regras de conduta dos utilizadores de praia, incluindo apelo à deposição seletiva de resíduos e especial atenção a luvas, máscaras e plásticos.

Foram igualmente colocados os mastros para bandeiras de sinalização de ocupação de praia, num total de cinco. Esta sinalização está assegurada pelo coordenador dos nadadores salvadores, constituído como assistente de praia, sendo igualmente disponibilizada e aferida na aplicação InfoPraia. Está já montada a câmara na praia da Lagoa, disponibilizada no âmbito da parceria da Vodafone com a APA, constituindo um sistema autónomo de monitorização da ocupação de praia.

Foram acrescidas zonas de passadeiras que, para além do cumprimento das acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida, possam garantir circulação com distanciamento físico e com sentidos diferenciados de circulação.

Nos balneários e wc públicos foram como habitualmente efetuadas as manutenções anuais e encontram-se abertos em cumprimento das regras de segurança e incrementados os serviços de limpeza para garantir aumento da frequência de higienização assim como dos chuveiros exteriores e das cadeiras anfíbias. Foram igualmente colocados à entrada informativos com indicação de uso obrigatório de máscara e calçado, e disponibilizado álcool gel.

Nos postos de socorro habituais nos apoios de praia mantém-se o espaço autónomo para isolamento a ser utilizado em eventual situação de suspeição de infeção Covid-19, devidamente equipado.

Luís Vieira referiu que “à semelhança do ano passado as pessoas vão respeitando as regras e afastam-se umas das outras, já os estrangeiros nem tanto”. Contudo, “esperamos que este ano não haja grandes ajuntamentos e pela morfologia da praia tenho a certeza que isso não vai acontecer, só se for na parte da lagoa”.

São Martinho do Porto

Tal como o ano passado, “a praia de São Martinho do Porto poderá acolher até 6.200 banhistas e contará com a vigilância de nove nadadores salvadores divididos por seis postos de vigilância”, garantiu João Fialho, nadador salvador de São Martinho do Porto, sublinhando que “só nos últimos dias notou-se uma maior afluência de pessoas na praia”.

Disse igualmente que “já no ano passado as pessoas foram conscientes e respeitadoras das regras, por isso acredito que o mesmo deverá acontecer este ano, mas há sempre algumas exceções, como é o caso dos turistas”.

Além de tentarem cumprir ao máximo as regras de segurança estipuladas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para a frequência das praias neste verão e o devido distanciamento social de, pelo menos, um metro e meio entre diferentes grupos, os banhistas fazem questão de identificar o seu espaço. “Como às vezes andamos de posto em posto é notório o distanciamento de entre pessoas”, explicou João Fialho.

Na água, o vigilante também sublinhou que “as pessoas fazem questão de distanciar-se de outros banhistas e evitam grandes ajuntamentos”.

No que diz respeito aos nadadores salvadores, os procedimentos mantiveram-se havendo só alteração no suporte básico de vida.

De acordo com o nadador, “até à data tudo tem corrido dentro da normalidade, sem ajuntamentos e com a máxima segurança possível, não quer isso dizer que vá acontecer o mesmo de 15 de julho a 15 de agosto, período esse que normalmente tem um maior movimento aqui em São Martinho”. Contudo, ”estou confiante que será novamente uma época balnear positiva”.

Baleal

Outra das praias que arrancou a época balnear com recomendações e informações diversas no âmbito do Covid-19 é o Baleal.

Segundo Cláudia Pires, uma dos catorze nadadores salvadores que estão responsáveis pela vigilância do Baleal, que tem capacidade para receber em simultâneo 2.100 pessoas na zona do Baleal Campismo, 2.800 na zona norte e 2.200 na zona sul, “até agora tem estado a correr tudo dentro da normalidade, notando-se mais pessoas na praia do que no ano passado nesta altura, tanto de surfistas como alunos, estrangeiros e outros banhistas, mas ainda sem grandes ajuntamentos no areal”.

Segundo apontou, “as pessoas têm sabido respeitar todas as condições de segurança, como o uso de máscara nos acessos à praia e na utilização dos apoios, restaurantes ou instalações sanitárias, o distanciamento social no areal, desde que não sejam do mesmo grupo, e os chapéus-de-sol aparentemente têm estado afastados no mínimo três metros entre si”.

Na prática, “as regras aplicadas na época balnear de 2020 devido à pandemia da covid-19 vão manter-se este ano, com exceções relativas às atividades desportivas no areal ou à utilização de alguns equipamentos de lazer nas praias”.

No que diz respeito às atividades desportivas não individuais no mar ou na área definida para uso balnear, Cláudia Pires sublinhou que “os banhistas também têm sabido respeitar as regras, bem como as escolas ou instrutores de surf”. Caso haja incumprimento das regras relativas ao acesso e ocupação das praias, este ano está sujeito a um regime contra-ordenacional, que vai de 50 a 100 euros, para pessoas singulares, e de 500 a 1.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

Além disso a praia também contará novamente com uma “sinalética tipo semáforo”, em que a cor verde indica ocupação baixa (1/3), amarelo ocupação elevada (2/3) e vermelho ocupação plena (3/3).

A informação sobre o estado de ocupação das praias é atualizada de forma contínua e em tempo real na aplicação InfoPraia e no sítio na internet da APA.

Apesar da situação estar “atualmente controlada”, a vigilante prevê que “seja um dos verões mais difíceis, pois face à mínima abertura vem tudo em peso para a praia, mas vamos ver como corre”.

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