Foram 41 os presépios, dos mais variados tamanhos, que deram uma nova vida à aldeia de Marinhas do Sal até 5 de janeiro. As Salinas de Rio Maior – as únicas interiores em pleno funcionamento em toda a Europa – foram o palco de exposição destas peças feitas por artesãos e comerciantes locais que usam a matéria-prima ali produzida.
Podiam ser observados nas várias lojas da aldeia e em alguns pontos em seu redor, com destaque para os grandes presépios, construídos com várias toneladas de sal: um da Câmara Municipal de Rio Maior, um da Cooperativa dos Produtores de Sal e outro da Loja do Sal.
O maior tinha cerca de 70 toneladas de sal e demorou cerca de dois meses a ser feito.
Cristina Alves, escultora de presépios de sal, contou que “é notório o crescimento da exposição de há uns anos para cá”.
A preparação das peças é um trabalho árduo. “Cada peça demora um dia a fazer”. Os escultores dizem estar ainda a aprender a dominar a arte.
“É um presépio desafiante porque o sal não é fácil de trabalhar”, considerou Casimiro Ferreira, presidente da Cooperativa dos Produtores de Sal.
Os visitantes têm também oportunidade de fazer pequenas peças. “É fantástico. Não julgávamos que era possível fazer com o sal e é interessante para as crianças verem”, contou uma visitante. “Nunca pensei que o sal, que utilizamos na comida, fosse originar uma peça de decoração”, manifestou.
Numa centenária povoação de salineiros, os visitantes vivem a magia da quadra natalícia percorrendo os presépios de sal espalhados pelas pequenas construções ali existentes, rodeadas de grande animação.