A VI Academia do Poder Local do PSD decorreu entre 18 e 20 de novembro no Inatel da Foz do Arelho, tendo a sessão de encerramento desta iniciativa dos Autarcas Social Democratas (ASD) contado com o presidente do partido, Luís Montenegro.
O dirigente aproveitou para reagir às declarações proferidas no sábado por António Costa de que os adversários políticos do PS não perdoam a maioria absoluta conquistada nas últimas legislativas e “tudo farão para comprometer essa estabilidade”.
Respondendo ao que considerou serem “queixinhas” do primeiro-ministro, Luís Montenegro afirmou que “quem não está a perdoar a confiança que deu ao Partido Socialista são os eleitores”, perante “casos que mancham a ação política”.
Sublinhando que o PSD vai continuar “a denunciar os erros e as omissões” do governo de António Costa, acusou-o de “tratar mal as autarquias”, dando como exemplos “o simulacro de descentralização” de competências para os Municípios, “porque não quer partilhar as competências com os municípios nem com as comunidades intermunicipais”, e “em coisas que são essenciais como [o pagamento] das despesas com as respostas à pandemia”. “Tanto dinheiro que o Estado tem hoje de financiamento da União Europeia para recuperar dessa situação e não tem dinheiro para pagar a uma junta de freguesia ou a uma câmara. É imoral”, acusou.
Recordando que ele próprio foi autarca 16 anos na oposição e quatro anos no poder, depois de recuperar uma Câmara que era do PS, Luís Montenegro vincou que do período em que exerceu essas funções, entre 1993 e 2013, guarda “uma grande escola de vida e de aprendizagem”.
A missão desempenhada pelo autarca permite-lhe “colocar-se na pele do cidadão que tem pela frente”, vincou o presidente do PSD, elogiando quem cumpre essas funções.
Recuperar em 2025 a direção da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e da Associação Nacional de Freguesias, é o objetivo do líder social-democrata, que lembrou também que “hoje sou presidente do PSD mas amanhã quero ser Primeiro-Ministro”.
A Academia do Poder Local, que foi interrompida durante três anos devido às restrições impostas pela pandemia, reuniu cerca de uma centena de autarcas, numa jornada de formação política e autárquica.