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Protesto contra a inexistência de médicos de família

A inexistência de médicos de família, situação que afeta perto de treze mil pessoas, levou no passado sábado a Comissão de Utentes do Centro de Saúde do Bombarral a realizar uma marcha de protesto desde o estabelecimento de saúde até à Praça do Município. O evento contou com cerca de meia centena de participantes.

A inexistência de médicos de família, situação que afeta perto de treze mil pessoas, levou no passado sábado a Comissão de Utentes do Centro de Saúde do Bombarral a realizar uma marcha de protesto desde o estabelecimento de saúde até à Praça do Município. O evento contou com cerca de meia centena de participantes.

A população do Bombarral não quer continuar sem médico de família. Atualmente, no Centro de Saúde, os serviços prestados ficam aquém dos mínimos e as queixas são muitas por não haver atendimento suficiente.

Rodrigo Andrade, da Comissão de Utentes do Centro de Saúde do Bombarral, recordou que “constituímo-nos fruto da insatisfação e frustração em ver a degradação dos cuidados de saúde que foram faltando”. “Existimos para dar voz aos problemas dos utentes do centro de saúde do Bombarral, para garantir que não nos conformamos com esta situação e que não ficaremos calados a assistir ao agravamento da situação ano após ano. Estamos certos de que nenhuma pessoa está satisfeita com o facto de não ter hoje médico de família”, manifestou.

“Os poucos que a este centro de saúde estiveram vinculados, pouco tempo permaneceram. Esta saída de médicos e falta de profissionais de saúde tem acontecido reiteradamente”, vincou.

Foi recentemente iniciado um projeto de teleconsultas, com especialistas de medicina geral e familiar, mas é uma solução pontual.

Segundo a Unidade Local de Saúde do Oeste, “as consultas decorrem no Centro de Saúde, com apoio administrativo e de enfermagem, em gabinete individual, tal como aconteceria com a presença física de médico. Nestas consultas, além da avaliação da situação atual do utente, são emitidos os exames complementares considerados necessários, mediante a sua situação clínica e agendada consulta posteriormente para reavaliação pela mesma equipa, caso seja necessário”.

Para tentar minimizar os constrangimentos, e embora não sendo sua responsabilidade, a Câmara e a Santa Casa da Misericórdia do Bombarral estabeleceram um protocolo que disponibiliza médicos tarefeiros, mas a medida também não satisfaz, porque nem sempre estão disponíveis e os utentes podem demorar meses a serem atendidos.

“Atualmente, as consultas no centro de saúde são efetuadas por médicos tarefeiros e em alguns casos são feitas por vídeo, o que não é de todo o ideal. Os médicos que lá passam estão em constante rotatividade, ficando a ideia de um médico que acompanha de forma regular e próxima a pessoa completamente posta em causa. Estas soluções servem apenas como penso rápido para uma ferida que, ano após ano, continua a ficar cada vez pior”, explicou Rodrigo Andrade.

Desde 2022, ano em que foi fundada, a Comissão de Utentes do Centro de Saúde do Bombarral tem desenvolvido diversas ações, uma das quais uma petição entregue na Assembleia da República, na sequência da qual foi ouvida por alguns partidos políticos e chamada à Comissão da Saúde.

“Após dois anos de luta é com tristeza que voltamos aqui, a uma nova concentração pela saúde no Bombarral, o que significa que os problemas continuam a existir nos dias que correm”, lamentou Rodrigo Andrade.

A própria autarquia associa-se ao protesto. “Estou completamente solidário. Quando se sabe que o número de médicos de família é zero, isso é terrivelmente assustador. Estarei sempre ao lado das nossas populações para reivindicar médicos de família”, manifestou Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral.

População e autarcas prometem não baixar braços nesta luta por médicos de família, mas apontam que o problema é que os concursos ficam desertos e para que haja candidatos as condições oferecidas têm de ser apetecíveis para a carreira.

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