“Alguns habitantes do Bombarral auscultados sentem-se indignados”, sublinhou o PSD, indicando que “grande parte das perguntas do estudo baseiam-se em questões como espaços verdes, estacionamentos, limpeza de ruas / saneamento, apoio à infância / apoio à terceira idade, segurança / iluminação pública, e sugestões de melhorias para o concelho”, sendo a última pergunta “se fosse presidente de câmara qual seria a 1ª medida que tomava?”.
“Face ao descrito, perguntamos se o objetivo deste estudo se prende com medidas autárquicas contra a Covid-19, como foi justificado para os mais de 18 mil gastos nesta sondagem de opinião”, questionou o PSD.
“Será que esse valor não seria mais bem empregue para o apoio aos bombarralenses que tanto sofreram e continuam a sofrer com esta pandemia e que segundo os dados oficiais o concelho do Bombarral, sofreu um aumento de mais de 35% no desemprego”, manifestou o partido, para quem este estudo “não passa de uma sondagem que vais entroncar com um programa eleitoral do presidente de Câmara, pago com o dinheiro de todos os bombarralenses”.
Em resposta, Ricardo Fernandes justificou ao JORNAL DAS CALDAS que “no momento que o país atravessa é importante ter-se a noção clara e exata do impacto social que a pandemia tem nas pessoas e no concelho. Este estudo replica o que ocorreu em muitos outros concelhos”.
“Tratando-se de uma situação com forte impacto na comunidade, este será o instrumento que vai permitir obter a perceção dos bombarralenses sobre a doença, a evolução da mesma, o impacto das medidas adotadas pelo Município e a sua adequabilidade, as suas consequências, entre outros aspetos, de modo a que a estratégia de intervenção para o concelho esteja o mais adaptada possível às reais necessidades da população do Bombarral durante a pandemia e depois desta”, esclareceu o autarca.