emissão em direto

Suspeito de crime passional acusado de homicídio qualificado e profanação de cadáver

Luís Lopes, de 52 anos, foi formalmente acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado e profanação de cadáver de Valdene Mendes, de 47 anos, de origem brasileira, mas tendo também nacionalidade portuguesa, segundo a Polícia Judiciária (PJ), em abril deste ano, em Adão Lobo, no concelho do Cadaval.

Luís Lopes, de 52 anos, foi formalmente acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado e profanação de cadáver de Valdene Mendes, de 47 anos, de origem brasileira, mas tendo também nacionalidade portuguesa, segundo a Polícia Judiciária (PJ), em abril deste ano, em Adão Lobo, no concelho do Cadaval.

Segundo a acusação deduzida a 24 de outubro, e a que a agência Lusa teve acesso na passada sexta-feira, o arguido e a vítima conheceram-se em 2007, quando o suspeito o ajudou a tratar do seu processo de legalização em Portugal, e mantinham desde o início deste ano uma relação amorosa.

A vítima, que tinha duas filhas menores e que já chegou a residir nas Caldas da Rainha e no Bombarral, trabalhou no talho de um hipermercado no Cadaval e ocupava há pouco tempo um quarto na casa do homicida.

Por se encontrar em “situação económica débil”, Valdene Mendes pedia com frequência dinheiro ao arguido para pagar a pensão de alimentos das filhas, a prestação do empréstimo do seu veículo e despesas de alimentação, ameaçando terminar a relação se não o ajudasse.

Tendo em conta as pressões da vítima, descreve a acusação, Luís Lopes “foi-se convencendo cada vez mais” de que o companheiro “apenas mantinha a relação para poder obter benefícios económicos” e passou a desconfiar dele, controlando os seus movimentos.

A 26 de abril deste ano, recusou ajudá-lo, o que terá levado a vítima a humilhá-lo, com ofensas verbais, e a deixá-lo revoltado.

Segundo o MP, na noite seguinte, após ponderar matar o companheiro, muniu-se de uma marreta e, enquanto o companheiro dormia, desferiu-lhe com força pelo menos três pancadas na cabeça, causando-lhe várias lesões e hemorragia cerebral e, por conseguinte, a morte.

Por ter trabalhado como coveiro no cemitério do Cadaval e por manusear cadáveres, esquartejou o corpo “para dele se desfazer de forma mais fácil” e colocou-o em sacos de plástico.

Já na madrugada do dia 28, transportou no seu veículo os vários sacos, atirou-os para diferentes locais isolados em espaços florestais nas redondezas e inclusive numa habitação em ruínas na própria aldeia onde morava, assim como escondeu num terreno parte do colchão manchado de sangue onde a vítima se encontrava a dormir.

Lavou a viatura, roupas, o chão e as paredes da casa, os móveis, as facas e o serrote que usou, para tentar esconder as provas do crime.

De acordo com o MP, o arguido agiu “com total desprezo pela vida” e sabia que as pressões e expressões dirigidas pela vítima “não eram motivo que minimamente justificasse a sua atuação de lhe tirar a vida”.

Foi um caçador de javalis quem se deparou com os restos mortais, atraído pelo cheiro nauseabundo do corpo em avançado estado de decomposição, numa zona de mato em Pero Moniz.

A descoberta de um saco com parte do corpo, na noite de 2 de maio, alertou a PJ, que começou a investigar o caso, sendo depois encontrados mais sacos, um deles a poucas dezenas de metros de distância.

A cabeça da vítima seria encontrada no dia 6 de maio, a par das coxas, nas ruínas de uma habitação próxima da casa do suspeito. Ao todo, foram descobertos cinco sacos com os restos mortais e luvas utilizadas pelo suspeito.

A existência de tatuagens em várias partes do corpo, uma das quais com referências à bandeira nacional do Brasil, durante a autópsia, permitiram às autoridades identificar a nacionalidade da vítima.

A PJ revelou que “após a realização das diligências efetuadas, que contaram com relevante colaboração dos serviços da GNR, foi possível a identificação do cadáver da vítima, bem como a identificação do indivíduo suspeito da autoria dos crimes”. A vítima veio a ser “identificada pelas impressões digitais, através de perícia efetuada pelo Laboratório de Polícia Científica”.

Três dias depois a PJ deteve o suspeito, que, após ser presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Alenquer, ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa.

O crime chocou a população, que via a vítima como uma pessoa “amável” e “alegre”.

Últimas Notícias

Secretário de Estado do Turismo garante hotel de luxo nos Pavilhões do Parque

Os três edifícios dos Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, devolutos desde 2005, vão finalmente ser “transformados num hotel de luxo”. Esta garantia foi dada pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, durante a sua participação numa conferência sobre Turismo e Património que decorreu no passado dia 3 no Café Central, organizado pelo PSD caldense. Perante as dúvidas da população, que não vê progressos nas obras, o governante assegurou que o projeto vai concretizar-se ainda durante o seu mandato.

Uma nova abordagem ao marketing digital

Nas Caldas da Rainha abriu uma empresa dedicada a soluções de marketing. Chama-se OndaFlow e é liderada por Carla Cabaceira e Ana Boa-Ventura, duas empreendedoras que dividem a sua vida entre os Estados Unidos e Portugal.

Capela de São Brás reabriu com tertúlia

Após a realização de obras de restauro por parte da Câmara Municipal do Bombarral, no que constitui um exemplo de preservação e valorização do património cultural material e imaterial, no passado sábado reabriu a capela de São Brás, com a realização de uma tertúlia cultural sobre a lenda da Cabeça Santa.

Sessão de esclarecimento sobre violência no namoro

O Município do Bombarral, através do Núcleo de Intervenção Local para a Área da Violência Doméstica, dinamizou uma sessão de esclarecimento sobre violência no namoro, a convite da Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó.