A direção pedagógica do Externato Cooperativo da Benedita revelou que após ter sido informada sobre a alegada agressão, que terá sido cometida no dia 15 de janeiro, ouviu as alunas, que frequentam o terceiro ciclo do ensino básico e têm entre catorze e quinze anos, e desencadeou um procedimento disciplinar, tendo as supostas agressoras, com um historial de mau comportamento, sido suspensas provisoriamente por doze dias úteis, o prazo máximo, devendo regressar na próxima semana.
Devido à idade não poderão ser responsabilizadas criminalmente. Os menores de dezasseis anos e maiores de doze que praticarem factos tipificados como crime são sujeitos a um procedimento tutelar educativo. Neste momento decorre a fase de inquérito, dirigida pelo Ministério Público.
No dia em questão a GNR até esteve na escola numa ação pedagógica, mas não presenciou nada de anormal, uma vez que o ato terá ocorrido numa mata nas proximidades do estabelecimento de ensino.
Uma vez que o caso está no foro judicial não foram revelados pormenores, mas circula a versão de que as outras duas estudantes alegadamente terão usado cigarros para causar queimaduras na sua pele, cortado partes do cabelo dela e despido a jovem, ficando na posse de várias peças de vestuário, para além de a terem pontapeado e ameaçado.
À adolescente que se queixou foi disponibilizado apoio psicológico pela escola. A direção assegura que a população estudantil está tranquila e que se tratou de um caso isolado. No final do ano passado o Externato Cooperativo da Benedita recebeu o selo “Escola Sem Bullying | Escola Sem Violência”. Esta distinção reconhece o trabalho feito para a implementação do Plano de Prevenção e Combate ao Bullying e ao Ciberbullying, através do qual são assumidas práticas quotidianas de promoção da saúde e do bem-estar da comunidade educativa, pautadas pelos princípios da não violência, da inclusão e da não discriminação.