Segundo o diretor do Agrupamento Escolas Raul Proença (AERP), João Silva, com quatro equipas em prova, duas do ensino básico e duas do ensino secundário, “os alunos demonstraram um excelente desempenho”. No ensino básico, alcançaram o segundo e o quarto lugares, enquanto no ensino secundário conquistaram o primeiro e o terceiro lugares, garantindo assim posições de “destaque em ambas as provas”.
Os alunos do ensino básico participaram na Prova ISR, que simulava um automóvel autónomo a circular numa estrada com cruzamentos e obstáculos móveis, como animais a atravessar. O desafio consistia em programar um robô Makeblock mBot 2 para percorrer a pista de forma autónoma, reconhecendo pontos de decisão e ajustando a sua trajetória com precisão. “A prova exigia experiência na linguagem de programação por blocos e uma utilização eficiente dos sensores para garantir a navegação segura ao longo do percurso”, explicou o responsável.
No ensino secundário, os alunos enfrentaram a exigente Prova Bot’n Roll, um desafio que simulava um cenário logístico de transporte de mercadorias entre um armazém e vários locais de descarga. Esta prova teve como objetivo a programação de um robô Bot’n Roll ONE A para executar a tarefa com máxima eficiência e velocidade, garantindo a recolha e entrega de objetos no menor tempo possível. A complexidade do desafio exigiu conhecimentos na linguagem de programação C++ para Arduino, além de estratégia e capacidade de adaptação para tornar o percurso do robô mais rápido e eficiente.
Para além da vertente competitiva, os alunos participaram em atividades paralelas que “enriqueceram a experiência”. Os estudantes do ensino básico visitaram o Exploratório de Coimbra, onde realizaram experiências científicas interativas, enquanto os alunos do secundário exploraram o Factory Lab, um espaço de fabricação digital dedicado à prototipagem e inovação tecnológica.
O ambiente universitário foi também marcado por momentos de convívio e partilha, animados pelas tradicionais tunas académicas de Coimbra, que proporcionaram uma experiência imersiva na cultura académica.
O diretor do AERP destacou o impacto positivo desta participação para os alunos. “Este tipo de iniciativas é fundamental para o desenvolvimento das competências dos nossos estudantes. Não só lhes permite aplicar os conhecimentos adquiridos em contexto de sala de aula, como também os desafia a resolver problemas reais, promovendo o pensamento crítico e a criatividade”, manifestou.
Além das conquistas obtidas, a participação na BotOlympics 2025 permitiu aos alunos desenvolverem competências fundamentais no domínio da robótica e da programação. O trabalho em equipa, a capacidade de resolução de problemas e a adaptação a situações inesperadas foram aspetos essenciais para o sucesso nas provas. A interação com outras equipas provenientes de diferentes escolas do país também proporcionou um ambiente de partilha de conhecimentos e boas práticas, incentivando a cooperação e um espírito competitivo saudável.
“Estamos muito orgulhosos dos nossos alunos e professores pelo empenho e dedicação demonstrados. Estas experiências são essenciais para os preparar para os desafios do futuro e para reforçar a aposta do nosso agrupamento numa educação tecnológica inovadora e multidisciplinar”, acrescentou o diretor.
A participação na BotOlympics 2025 “reforça o compromisso do AERP numa educação tecnológica prática e inovadora, preparando os alunos para os desafios do futuro através de experiências que aliam aprendizagem, criatividade e espírito de equipa”.