A obra de renovação da Residência Mestre António Duarte visa a recuperação integral do edifício, com vista à melhoria do conforto e à promoção da eficiência energética, assim como uma readaptação de espaços e uma otimização do seu funcionamento. O edifício contemplará um total de 56 quartos, dois destinados a utilizadores com mobilidade condicionada, num total de 104 camas. A obra tem uma duração de 150 dias, estando a reabertura prevista para o início do próximo ano letivo.
No que se refere à construção da residência ‘Nova Caldas’, a ser edificada num terreno adjacente à Residência Mestre António Duarte, a mesma oferecerá 68 novas camas, contemplando, além do alojamento, zonas de refeição, áreas de estudo e de convívio, lavandaria, espaços de apoio ao funcionamento da residência, entre outros.
O projeto da nova residência, prevista para ficar concluída no final de março de 2026, teve em consideração princípios de sustentabilidade e eficiência energética, tendo sido adotadas soluções de design passivo, como orientação solar adequada, uso de iluminação natural e ventilação cruzada, visando reduzir o consumo de energia e promover o bem-estar de todos.
“Esta obra proporcionará um aumento significativo do número de camas disponíveis na cidade de Caldas da Rainha, que anualmente recebe entre 1.500 e 1.700 estudantes da Escola Superior de Artes e Design”, afirmou Carlos Rabadão, presidente do IPL, recordando que a instituição teve nove candidaturas aprovadas no âmbito do PNAES, para renovação, reabilitação e construção de residências de estudantes, contemplando treze edifícios, localizados em quatro cidades (Leiria, Caldas da Rainha, Peniche e Pombal).
“Foi em Caldas da Rainha que iniciámos a primeira obra, referente à reabilitação da Residência de Estudantes Rafael Bordalo Pinheiro, apresentando uma capacidade para 117 camas. A reabilitação desta residência, iniciada em 2024, já se encontra concluída, estando a sua reabertura prevista para breve. Desta forma, e com as empreitadas que estamos agora a adjudicar, a cidade passará a ter disponíveis três residências de estudantes, somando um total de 289 camas”, mencionou Carlos Rabadão.
Enquanto estão a decorrer as obras da Residência Mestre António Duarte, os “alunos vão para a Residência Rafael Bordalo Pinheiro e a partir de setembro já podemos acolher mais estudantes”, adiantou Carlos Rabadão.
No total, os nove projetos de iniciativa direta do Politécnico de Leiria, de renovação e construção de residências de estudantes, representam um investimento acima de 25 milhões de euros financiados pelo PRR, contemplando a necessidade de um reforço adicional de receitas do Politécnico de Leiria, na ordem dos seis milhões de euros, face aos atuais preços de mercado.
A instituição é ainda copromotora de mais três residências, numa colaboração estabelecida com os municípios da Batalha e Torres Vedras, cujas residências já se encontram em funcionamento, tendo também sido recentemente adjudicada a construção de uma outra residência, na Marinha Grande.
“Desta forma, após a conclusão de todas as obras, serão disponibilizadas 1.373 camas, o que significa que estamos praticamente a duplicar a oferta de camas para os nossos estudantes. Falamos de mais 670 camas que as disponíveis atualmente, sendo que nestes valores estamos a considerar igualmente o Hotel Escola de Peniche, do IPL (50 camas), assim como os Apartamentos João 21 (com 12 camas), disponibilizados no âmbito da parceria estabelecida com o município de Leiria”, referiu o presidente do IPL.
“Instituição com mais residências em curso”
A diretora da Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação afirmou, durante a cerimónia de consignação das obras nas Caldas da Rainha, que o Politécnico de Leiria é a instituição de ensino superior em Portugal com mais projetos em curso de renovação e construção de residências de estudantes, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento no Ensino Superior, integrado no PRR.
“Só temos de dar os parabéns ao Politécnico de Leiria pela ambição e visão e pela forma como tem conduzido este processo. É, neste momento, a instituição de ensino superior com um maior número de projetos em curso, e isso dá imenso trabalho”, salientou Cristina Perdigão.
Segundo apontou, “há muito mais numa residência de estudantes do que o simples alojamento. É algo que modifica verdadeiramente a vida e o percurso académico de um estudante. Poder partilhar um espaço digno e confortável com os colegas de diferentes unidades orgânicas, de diferentes cursos e de diferentes origens, é muito enriquecedor no percurso do estudante”.
Também Vítor Marques, presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, enalteceu os projetos e a iniciativa do Politécnico de Leiria, assegurando a disponibilidade do município para continuar a trabalhar em conjunto com a instituição.
“Vamos passar a ter, nas Caldas da Rainha, um número generoso de camas, mas assumimos a ambição de vir a ter mais. É nossa intenção continuar a trabalhar com o Politécnico de Leiria e podermos arranjar forma de capitalizar uma maior oferta para os estudantes”, afirmou.
Entretanto, o IPL acaba de formalizar o pedido para a transformação em Universidade de Leiria e Oeste. A proposta, aprovada pelo Conselho Geral da instituição, já foi enviada ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
A proposta “fundamenta-se numa trajetória de mais de quatro décadas dedicadas à excelência académica, à investigação aplicada e ao impacto socioeconómico”, explica o presidente da instituição, assegurando que o IPL “supera os requisitos legais para se constituir como Universidade, posicionando-se como uma instituição de ensino superior plenamente capacitada para assumir este estatuto”.