O projeto “Ninguém pode sonhar por ti”, da Associação Novamente, de Vila Nova de Gaia, concretizou o sonho de Andreia Filipa João, das Caldas da Rainha, que era voltar a andar de avião.
A iniciativa tem o objetivo de realizar sonhos de pessoas que sofreram traumatismos cranioencefálicos (TCE) ou outras lesões cerebrais, como foi o caso da caldense, na sequência de um acidente de viação em 2011, quando tinha 22 anos.
Este projeto da Novamente, nascido da parceria, ideia e dinamismo da voluntária Raquel Rodrigues, tem como propósito “proporcionar experiências com forte impacto positivo na vida das pessoas”, procurando “transformar cenários difíceis em momentos felizes”.
A população em geral é convidada a oferecer algum do seu tempo a este projeto ou a apadrinhar algum sonho, efetuando donativos.
“Este é um projeto que nos permite sonhar e ver o lado bom da vida. Estou muito feliz porque também a mim me deram a oportunidade de expressar o meu sonho que era voltar andar de avião, visto que na minha cabeça/memória nunca andei e sonhava poder ter essa sensação”, relatou Andreia, atualmente com 31 anos e prestes a completar mais um aniversário (11 de setembro).
Modelo, Andreia tinha uma carreira muito promissora pela frente. Foi a 8 de abril de 2011 que sofreu “um terrível acidente”, na sequência de um acidente de viação quando se dirigia para um evento de moda, que provocou-lhe um TCE. “Os médicos disseram que morria ou ficaria um vegetal para sempre. Graças a Deus e à minha persistência, aqui estou uma década após. Tem sido uma batalha complicada, mas felizmente continuo com força e a recuperar todos os dias um pouco mais”, transmitiu.
Antes do acidente, Andreia andou de avião, várias vezes, mas as lesões na área da memória fizeram com que perdesse todas as recordações destas viagens.
